Justiça

Ministério Público oferece denúncia contra suspeitos de assassinar auditor fiscal

Promotoria busca condenação por homicídio triplamente qualificado

Por 7Segundos com Assessoria 17/10/2022 16h04
Ministério Público oferece denúncia contra suspeitos de assassinar auditor fiscal
Auditor fiscal da Sefaz encontratrado morto em canavial - Foto: Reprodução

O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), ofereceu denúncia assinada pela promotora de Justiça, titular da 42ª Promotoria de Justiça com atuação no 3º Tribunal do Júri da Capital, em desfavor dos irmãos Ronaldo Gomes de Araújo e Ricardo Gomes de Araújo da Silva, também de Maria Selma Gomes Meira (mãe), além de João Marcos Gomes de Araújo (irmão de Ronaldo e Ricardo) , Vinicius Ricardo de Araújo Silva.

Eles são suspeitos do envolvimento do assassinato do auditor fiscal João de Assis Pinto Neto, em agosto deste ano.

Embasada no inquérito policial onde os depoimentos minuciam o ato covarde, a promotora de Justiça defende a pena máxima para os assassinos que, de forma individualizada, tiveram participação na execução. Além de buscar condenação por homicídio triplamente qualificado a representante ministerial lutará também que sejam condenados nos crimes conexos, como ocultação de cadáver e corrupção de menor.

“Foi um crime que chocou a todos pelos requintes de crueldade. A vítima, ao adentrar o estabelecimento, sofreu, por mais de uma hora, sessões de espancamento, apedrejamento, além de ser asfixiada e esfaqueada. Os irmãos Ronaldo e Ricardo com participação direta em toda a violência sofrida pelo senhor João de Assis que nada mais estava a fazer senão cumprindo seu papel de auditor, notificando um comerciante que descumpria suas obrigações fiscais . Então, o Ministério Público defenderá pena máxima com todas as qualificadoras para os autores em busca de uma justiça que amenize a dor dos familiares e que também dê uma resposta à sociedade”, ressalta a promotora Adilza Freitas.

João Assis foi brutalmente assassinado, teve o corpo queimado e desovado em um canavial. O auditor-fiscal cumpria seu papel de servidor público e teria incomodado os donos do estabelecimento “Ponto 29”, localizado no conjunto Cleto Marques Luz, no Tabuleiro do Martins, em Maceió, que o mataram por encontrar possíveis irregularidades fiscais em seu estabelecimento comercial.