Coordenador do IMA explica fenômeno de mortandade de peixes na Lagoa Mundaú
Ricardo César explicou que é algo que acontece de maneira recorrente, principalmente em época de chuvas
Na última semana, viralizou um vídeo nas redes sociais de diversos peixes mortos flutuando na Lagoa Mundaú, em Maceió. Algo que gerou uma preocupação nas pessoas, que criaram várias teorias sobre o que poderia ter acontecido para causar esse fenômeno.
Em entrevista à TV Pajuçara, o coordenador do gerenciamento costeiro do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA), Ricardo César, explicou que é algo que acontece de maneira recorrente, principalmente em época de chuvas, ocasionais ou fortes, e com mudanças de vento.
"Infelizmente, o complexo estuarino lagunar está repleto de lama de matéria orgânica em decomposição e material contaminante. Quando há movimento no fundo, acontece uma captura do oxigênio e emissão de gás sulfeto, que gera a mortandade", detalhou.
Ricardo disse que o acúmulo desse material é algo recorrente, mas, mesmo assim, foi enviada uma equipe do IMA a campo com o foco em realizar uma coleta do material, para saber o que de fato ocorreu, por meio de uma análise mais precisa.
"Também foi falado muito sobre a tonalidade da cor da água. Isso se deve à proliferação de microalgas, que têm clorofila [são verdes] e ajudam durante a noite a diminuir o oxigênio da lagoa. Por isso, a as mortes acontecem mais no período noturno", finalizou.