Que tal ler contos eróticos em casal para apimentar a relação?
Entenda como livros e contos eróticos têm ganhado cada vez mais espaço na literatura — e podem ser aliados para apimentar a relação

Quando se está em um relacionamento, depois de um tempo é sempre interessante lançar mão de novidades para apimentar a relação. Dentre esse repertório, os livros e contos eróticos podem ser bons aliados para movimentar a vida sexual não só do indivíduo durante a masturbação, mas também do casal.
De acordo com a psicóloga e terapeuta sexual Alessandra Araújo, quando se trata de construir um repertório mental erótico, a leitura é muito mais efetiva e instigante do que algo visual, como a pornografia.
“Quando eu vejo algo pronto e que já é entregue pronto para mim, não é ativada nenhuma região do meu cérebro que me possibilite criar. Já quando leio, eu ativo meu hipocampo, responsável pelo processo de aprendizagem e pelas emoções. Em um contexto erótico, minhas emoções ativas me possibilitam mergulhar mais”, explica.
Essa experiência não só pode como deve ser levada para a vida a dois. Ainda que em um primeiro momento, ler juntos pode não parecer tão comum quanto assistir um filme, por exemplo, mas a prática é capaz de mudar a sua rotina sexual (e para melhor, é claro!).
“Eu, inclusive, passo muito essa dinâmica em terapias de casal. Primeiro, indico que cada um escolha e leia um conto separadamente, para depois contar à parceria e reproduzir o que leu com ela. Depois, falo para fazerem a leitura juntos, de uma forma descontraída e sensual”, pontua.
Ainda segundo a sexóloga, o ideal seria estabelecer uma rotina em que, ao menos uma vez por semana, o casal vá para a cama mais cedo, escolha um título para ler juntos e tenha o momento de intimidade. “Mas lembre-se de respeitar o gosto literário da parceria. Umas pessoas vão preferir livros maiores, outras vão preferir contos”, diz.
Desmarginalização da literatura erótica
Como tudo que é relacionado a sexo ainda é visto como tabu, existe um preconceito em torno da literatura erótica. Contudo, o segmento vem crescendo a cada dia, ganhando cada vez mais espaço com a ajuda de adventos como a autopublicação, que liberta autores de precisarem da curadoria editorial.
Para a escritora e cientista social Lella Malta, a presença de grandes nomes da literatura no segmento erótico contribui para fazer cair por terra o preconceito e gerar reflexão sobre o tema.
“Não é um movimento novo. Temos exemplos como História d’O, de Anne Desclos; O caderno rosa de Lory Lamby, de Hilda Hilst; Tudo é Rio, de Carla Madeira, e até mesmo o clássico Justine, do Marquês de Sade para provar que não existe ‘literatura menor’. É apenas um tema, e fim”, garante.
Além do erotismo em si, é perceptível a crescente de nomes femininos no segmento. Em um momento de quebra de tabus, mulheres têm tomado seu lugar nas prateleiras – privilégio que antes era endereçado quase que inteiramente aos homens, seja como autores ou leitores.
“Há um fenômeno social de apagamento da escrita de mulheres. Ao longo dos anos, para escrever e publicar elas precisavam, muitas vezes, adotar pseudônimos masculinos. Esse era um espaço que nos foi roubado por muito tempo, e hoje vemos muito mais a mulher como protagonista dos próprios desejos”, comemora Lella.
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