Mais de 40 pássaros silvestres foram apreendidos na operação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), com apoio do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. A ação foi na tarde desta terça-feira (18), no Jardim Botânico, em Brasília.

As aves foram levadas em caminhões do Ibram para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), onde permanecerão até nova definição do processo. A informação é do presidente do órgão, Rôney Nemer, à CNN. Segundo ele, o Ibram deu apoio logístico na ação.

Essa é a segunda operação do Ibama na casa de Torres este ano. Em fevereiro, os agentes encontraram o criadouro de aves e constataram irregularidades, mas os pássaros não foram apreendidos. Uma multa de R$ 54 mil foi imposta, porém ainda não foi paga, segundo informou o Ibram à CNN.

De acordo com a defesa do ex-ministro, o recurso ainda está no prazo. A defesa disse também estranhar o dia e modo da ação.

“Todas as exigências e supostas irregularidades no criatório de aves do Dr. Anderson Torres, levantadas na última vistoria, estavam sendo solucionadas administrativamente”, disse, em nota, à reportagem. “Causou estranheza o dia e modo como se deu a desnecessária apreensão. As medidas cabíveis serão tomadas”.

A defesa cita o dia em referência à manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que, nesta segunda-feira (17), se manifestou favorável à soltura de Anderson Torres da cadeia.

O ex-ministro e ex-secretário de Segurança do DF está preso desde 14 de janeiro, por suspeita de omissão nos atos de vandalismo de 8 de janeiro. É a primeira vez que a PGR se declara a favor da liberação, o que causou otimismo na defesa e no ex-ministro.

Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), não tem prazo para determinar uma possível soltura de Anderson Torres ou decidir pela manutenção da prisão preventiva.