O policial militar Cicero Vasconcelos de Lima Júnior, conhecido como "cabo Júnior", acusado pelo homicídio qualificado do professor de educação física Luan Douglas dos Santos Porto, em União dos Palmares, teve sua liberdade concedida pela Justiça alagoana nesta quarta-feira, 19 de abril. A decisão veio após a defesa do cabo Júnior entrar com um pedido de habeas corpus.

O cabo Júnior havia sido preso em 2017, no mesmo ano em que o crime ocorreu, e passou 5 anos e 5 meses recluso no Presídio Militar de Alagoas. A investigação policial o apontou como o mandante do crime. No entanto, o policial sempre negou as acusações.

O advogado Marinésio Luz, responsável pela defesa do cabo Júnior, confirmou à reportagem do TNH1 que a decisão judicial saiu na manhã do dia 19 de abril e que o militar deve ser solto nas próximas horas. "Ele estava preso desde 2017 e até hoje nega o crime. A decisão saiu nesta manhã e ele deve deixar o presídio militar em breve", afirmou o advogado.

O caso em questão refere-se ao assassinato do professor de educação física Luan Douglas dos Santos Porto, ocorrido em 18 de abril de 2017, na porta de sua residência em União dos Palmares. O crime foi atribuído a um grupo de extermínio que atuava na Zona da Mata alagoana e no interior de Pernambuco, de acordo com a investigação realizada pelo Ministério Público Estadual (MPE).

A soltura do cabo Júnior causou polêmica e gerou debates sobre a impunidade de policiais envolvidos em casos de violência e abuso de poder. O Ministério Público e a defesa de Luan Douglas dos Santos Porto ainda não se manifestaram sobre a decisão judicial. O caso continua em andamento e novos desdobramentos são aguardados.