Vítima de agressão em supermercado afirma que apanhou com barra de ferro
Em depoimento, jovem agredido por roubar leite em pó de supermercado disse que se sentiu discriminado pela cor da pele e que foi ameaçado pelos seguranças do estabelecimento

Em depoimento à Polícia Civil da Bahia, o rapaz de 19 anos que foi agredido por seguranças em um supermercado em Salvador afirmou que apanhou com uma barra de ferro na cabeça e na perna, além de receber socos, chutes e arranhões.
Jeremias de Jesus Capistrano afirmou que se sentiu discriminado pela cor da sua pele, uma vez que os seis seguranças o chamaram de “preto” e de “desgraça”.
Ele contou ainda, que, em determinado momento, os homens, todos negros e armados, disseram, em tom de deboche “já viu preto fazer tatuagem?”. Havia também um sétimo homem em uma motocicleta, que acompanhou tudo.
O caso ganhou repercussão depois que um vídeo divulgado nas redes sociais mostrou Jeremias e a esposa, Jamile Ramos de Lima, sendo agredidos do lado de fora do estabelecimento da rede Carrefour após a suspeita de furto, na sexta-feira passada (5).
Nas imagens, os dois jovens são xingados e levam tapas no rosto. Os agressores não aparecem no vídeo, mas é possível ouvir as vozes deles.
À polícia, o jovem confessou ter furtado quatro pacotes de leite em pó para a filha da esposa dele, que ainda é bebê.
No depoimento, Jeremias afirmou também que os seguranças disseram que ele ia ficar famoso, “para servir de exemplo pra ninguém querer furtar naquele mercado”.
Após a gravação do vídeo no estacionamento do mercado, o casal teria sido conduzido para o interior da loja, onde foi novamente agredido. Antes de ser liberado pelos seguranças, Jeremias contou que ainda teria sido ameaçado.
De acordo com o advogado das vítimas de espancamento, Walisson dos Reis Pereira da Silva, todos os agressores já foram identificadas pela polícia, mas isso não é suficiente para garantir a segurança do casal.
“Depois do ocorrido, em decorrência dessas ameaças, meus clientes decidiram mudar de local onde residem”, disse.
O mercado onde o caso aconteceu faz parte da rede Carrefour. A empresa se manifestou dizendo que o agressor não é funcionário da loja, mas que, mesmo assim, uma denúncia foi feita na Polícia Civil da Bahia.
A empresa ainda afirmou que a liderança responsável pelo local foi desligada e que o contrato com a companhia que fornecia o serviço de segurança externa foi rompido.
Além disso, a rede de mercados afirmou que está tentando contato com as vítimas da agressão a fim de oferecer apoio de saúde e psicológico. Informação não confirmada pelo advogado. “O casal não foi procurado por ninguém do Carrefour”, disse.
Em nota, a Polícia Civil da Bahia afirmou que instaurou inquérito policial para apurar as agressões e torturas. Testemunhas estão sendo ouvidas, e investigadores buscam imagens de câmeras de segurança para identificar os agressores.
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