O Núcleo de Línguas Estrangeiras da Secretaria de Educação de Maceió (Semed) comemora neste ano, 23 anos de atuação. São mais de mil vidas transformadas por meio da iniciativa que levou inicialmente ao bairro do Jacintinho, a oportunidade para estudantes da capital a aprenderem um novo idioma.

O Núcleo foi idealizado antes da virada do milênio, em 1999, contando com o trabalho e a dedicação de 18 professores de espanhol, francês e inglês, que participaram da criação do projeto. Entre esses profissionais estavam as professoras Givanilda Rodrigues e Fátima Vasco, hoje já aposentadas, após dedicarem mais de 25 anos de suas vidas à educação pública de Maceió.

O professor e coordenador do Núcleo, Jefferson Simons, explica a importância que o Núcleo teve na vida de centenas de pessoas, ao celebrar as mais de duas décadas no dia 26 de maio.

“É imensurável a importância do Núcleo na vida dos moradores de Maceió. Em 23 anos, mais de mil alunos passaram por lá, grande parte deles da comunidade, dos bairros próximos, e a outra parte da rede municipal. Para nós que fazemos parte da história do projeto, esses números são motivo de orgulho”, comemora Jefferson.

O Núcleo teve sua primeira sede no segundo bairro mais populoso de Maceió, o Jacintinho, alcançando após anos de ensino o bairro Benedito Bentes, o mais populoso da capital e agora deve ser estendido para o Vergel do Lago.

Perguntado sobre os impactos sociais e profissionais que o projeto trouxe aos alunos, o professor conta a trajetória de algumas pessoas que levam em suas vidas um pedacinho do Núcleo.

“Dois ex-alunos se tornaram professores de inglês, alguns se formaram em espanhol, existem ex-alunos que hoje são gerentes de supermercado, outros trabalham em grandes redes de hotéis e até autônomos que construíram seus próprios negócios”, pontua o coordenador.

O Núcleo de Línguas Estrangeiras oferece a mais de duas décadas, de forma gratuita, com certificado e de maneira prática, a oportunidade de aprender novos idiomas com ensino de qualidade.

“Nós sabemos como é caro fazer um curso de inglês particular e um projeto que há 23 anos tem oportunizado esse acesso a uma parcela que não tem poder aquisitivo, mas possui uma vontade enorme de realizar mudanças na vida pessoal e no mundo, é algo incrivelmente gratificante”, conclui o professor o coordenador.