"A CPI precisa apresentar é a punição para qualquer um que seja os culpados" diz deputado Rafael Brito sobre a CPI do 8 de janeiro
O deputado foi entrevistado no programa Na Mira da Notícia, na 96FM
Nesta segunda-feira o deputado federal Rafael Brito foi entrevistado no programa Na Mira da Notícia, na 96FM para falar sobre os últimos acontecimentos na política.
O deputado começou falando sobre a visita do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que esteve reunido com o presidente Lula: "Eu acho que países não são pessoas. Por mais que você não concorde com que é feito dentro do território, você não pode impedir que uma representação do país venha lhe visitar. E aí eu vejo o líderes do mundo todo, líderes dos Estados Unidos, eu vejo líderes, por exemplo, ex-presidentes do Brasil dialogar com a família real da Arábia Saudita, dialogar com o presidente chinês e ninguém fala nada. Eu acho que o diálogo entre países é saudável, agora ao mesmo tempo é necessário exigir eleições limpas e transparentes. A democracia é o bem mais caro de uma sociedade, não quer dizer que você tem a relação diplomática com um país que você concorda com o que está acontecendo dentro daquele território".
Sobre a CPI do 8 de janeiro, o deputado comentou que: "A CPI precisa apresentar é a punição para qualquer um que seja os culpados, desde os pequenos participantes que eles sejam culpados pelo tamanho da sua participação, como os grandes participantes que foram aqueles que se organizaram, financiaram e coordenaram aqueles atos que poderiam sim ter desencadeado uma ruptura institucional no nosso país, eu acho que essa é o recado que a CPI precisa dar pra sociedade".
Ao ser questionado sobre a Lei 13.935, Rafael Brito reforçou: "A audiência pública ela é justamente para cobrar o funcionamento da lei de fato. A lei prevê que em ambientes escolares estejam presentes psicólogos e assistentes sociais. Não quer dizer que cada escola vai ter que ter um psicólogo e um assistente social, mas quer dizer que as redes estaduais, municipais e a rede federal da educação básica precisa oferecer para o ambiente escolar esses profissionais". O deputado também diz que os profissionais de educação não são obrigados a saber lidar com situações que os profissionais de psicologia e assistência social são capacitados para lidar.
O deputado também falou sobre a falta de comunicação que o presidente Lula vem tendo com seus ministros: "É uma luta de poder. É ministro brigando por poder com outro ministro. Porque o que parece, o que alguns ministros colocaram na imprensa, é que não pode mais fazer aquele tipo de coisa. Não. O relatório do relator aprovado pela câmara só tira a atribuição de um ministério e passa pra outra. Ele não disse que o governo federal não pode fazer mais aquilo, é totalmente diferente. Ele restabelece poderes para o Ministério da Justiça, ele restabelece poderes para o Congresso Nacional". Ele também diz que isso é crise de narciso da ministra Marina Silva que não aceita publicamente perder um poder que foi atribuído a ela por uma MP.
Para finalizar, o deputado Rafael Brito falou sobre o Fundeb: "A gente não tá pedindo nada demais, hoje no teto de gastos a Fundeb já está fora. Então, na verdade, o que a gente tá pedindo é que o Fundeb não seja incluído não é que ele seja excluído. O gasto com Fundeb, a arrecadação e o gasto do Fundeb é constitucional. O que está posto no Fundeb, estando no arcabouço ou fora do arcabouço não será afetado por um problema fiscal do país, mas o receio de quem faz educação, de quem defende essa bandeira aqui no Congresso é se um dia o governo federal precisar fazer um contingenciamento de gastos, como Fundeb já está garantido pela lei, contingenciamento por pressão das outras pastas, então é muito mais um um preciosismo por parte de quem entende que a educação, hoje, é o principal problema da sociedade brasileira".
Conheça Rafael Brito
Rafael Brito é Deputado Federal eleito por Alagoas. Nasceu em Maceió, é Administrador de Empresas, especializado em Marketing e Gestão Empresarial e acumula experiências nos setores público e privado. Começou a trajetória como empresário do ramo de distribuição de alimentos e industrial, até entrar na carreira pública em 2015, quando assumiu a Secretaria de Estado do Trabalho. Também foi presidente da Desenvolve, a Agência de Fomento de Alagoas, liderou a Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Turismo e, em 2021, assumiu o desafio de comandar a Secretaria de Estado da Educação, uma gestão marcada por colocar em foco o protagonismo dos alunos, professores e servidores.