Casos de hanseníase aumentam 14,4% em Alagoas nos últimos três anos
Doença tem cura e pode ser combativa; saiba identificar os primeiros sinais
O número de casos de hanseníase registrou um aumento de aproximadamente 14,4%, entre 2020 e 2022, conforme demonstram os dados do Ministério da Saúde.No ano passado, foram notificadas 325 ocorrências. Já em 2020, este número foi de 285 casos.
Apesar do número de casos ter aumentado nos últimos anos, foi possível observar uma pequena diminuição do número de pacientes com hanseníase em Alagoas entre 2021 (348) para 2022 (325), representando uma redução de aproximadamente 6,6%, mesmo com o aumento final do número de casos.
A doença infecciosa atinge principalmente a pele, as mucosas e os nervos periféricos, sendo possível de ser curada, e portanto, é preciso estar atento aos primeiros sinais, sendo os sintomas mais frequentes o aparecimento de manchas de cores variadas nas diferentes partes do corpo, geralmente associadas a uma perda de sensibilidade ao toque e à dor, além de possuírem uma temperatura diferente do restante da pele.
Além disso, é possível observar áreas com diminuição de pelos e suor; sensação de formigamento e/ou fisgadas, principalmente em mãos e pés; diminuição ou perda da sensibilidade e/ou da força muscular na face, e/ou nas mãos e/ou nos pés; e caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.]
Para o diagnóstico da hanseníase,um exame físico geral, dermatológico e neurológico é realizado para encontrar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos com alterações sensitivas, motoras e/ou autonômicas.
Os casos com suspeita de comprometimento neural, sem lesão cutânea (suspeita de hanseníase neural primária), e aqueles que apresentam área com alteração sensitiva e/ou autonômica duvidosa e sem lesão cutânea evidente, deverão ser encaminhados para unidades de saúde de maior complexidade para confirmação diagnóstica.
A hanseníase acomete pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade, mas é necessário um longo período de exposição à bactéria e apenas uma pequena parcela da população infectada realmente adoece. A infecção pode causar lesões neurais e danos irreversíveis, por isso, quanto mais precoce o diagnóstico e tratamento adequado, maiores são as chances de cura.