Marinha dos EUA detectou no domingo (18) uma implosão na área onde estava o submarino
A informação foi transmitida aos comandantes no local que lideravam o esforço de resgate e foi usada para restringir a área de busca
A Marinha dos EUA detectou uma assinatura acústica consistente com uma implosão no domingo (18), na área onde o submersível com destino ao Titanic estava mergulhando quando perdeu a comunicação com o navio-mãe, disse um oficial sênior da Marinha à CNN nesta quinta-feira (22).
A Marinha imediatamente transmitiu essa informação aos comandantes no local que lideravam o esforço de busca, e ela foi usada para restringir a área de busca, disse o oficial.
No entanto, o som da implosão foi classificado como “não definitivo”, disse o oficial, e os esforços de busca e resgate multinacionais para encontrar o submersível Titan continuaram.
“Qualquer chance de salvar uma vida vale a pena continuar a missão”, disse o oficial da Marinha. O Wall Street Journal foi o primeiro a relatar a assinatura acústica captada pela Marinha.
A Guarda Costeira dos EUA anunciou na tarde desta quinta-feira que o submersível sofreu uma “implosão catastrófica”, que matou todas as cinco pessoas a bordo.
Detritos do submersível desaparecido foram encontrados por um veículo operado remotamente a cerca de 500 metros da proa do Titanic, que repousa a quase quatro quilômetros de profundidade no Oceano Atlântico Norte.
“É um ambiente incrivelmente implacável no fundo do mar e os destroços são consistentes com uma implosão catastrófica da embarcação”, disse o contra-almirante da Guarda Costeira dos EUA, John Mauger, comandante do Primeiro Distrito da Guarda Costeira, para a imprensa nesta quinta-feira.
Os destroços encontrados
As equipes de busca encontraram “cinco grandes pedaços diferentes de destroços” identificados como parte do submersível Titan. Mauger afirmou que a primeira parte encontrada pertencia ao casco de fora da cabine de pressão.
Logo após, no entanto, foi encontrado outro detrito identificado como parte do casco de pressão do submarino.
“Essa foi a primeira indicação de que houve um evento catastrófico”, disse Mauger. As equipes encontraram, então, um segundo campo de detritos menor dentro do primeiro, onde outra extremidade do casco de pressão estava localizada.
As famílias foram imediatamente notificadas da morte dos passageiros.
Minutos antes da coletiva de imprensa, a OceanGate Expeditions, empresa que operava o submersível, emitiu um comunicado lamentando a perda dos cinco homens a bordo.
“Agora acreditamos que nosso CEO Stockton Rush, Shahzada Dawood e seu filho Suleman Dawood, Hamish Harding e Paul-Henri Nargeolet foram tristemente perdidos”, disse a OceanGate em um comunicado.
As buscas continuam
A busca e recuperação dos corpos dos passageiros continuará, apesar de ser um ambiente desafiador, disse John Mauger. “Continuaremos a trabalhar e a vasculhar a área lá embaixo, mas não tenho uma resposta para as perspectivas neste momento.”
Segundo Mauger, os veículos operados remotamente (ROV) permanecerão no local e continuarão a coletar informações sobre o submersível. Ele disse que ainda levará um tempo para determinar uma linha do tempo dos eventos que levaram a falha catastrófica do submersível.
As autoridades estão examinando um “ambiente operacional incrivelmente complexo no fundo do mar, mais de 3,2 quilômetros abaixo da superfície”, disse Mauger, e que os veículos operados remotamente que vasculham o chão são “altamente capazes” e devem revelar mais informações.
A expedição
A expedição começou com uma jornada de 740 quilômetros até o local do naufrágio. O submersível começou sua descida no domingo de manhã, mas perdeu contato com a tripulação do Polar Prince, o navio de apoio que transportou a embarcação até o local, 1 hora e 45 minutos após a descida, segundo autoridades.
As Guardas Costeiras dos Estados Unidos e do Canadá iniciaram uma verdadeira operação de guerra para resgatar o Titan, até 10 navios e aeronaves foram mobilizadas para as buscas, primeiro na superfície do mar, depois nas profundezas.
Foram disponibilizados sonares, ROVs (drones aquáticos) e equipamentos de altíssima tecnologia para cumprir a missão.
Segurança
Não faltaram acusações sobre uma suposta negligência com a segurança do submersível. O próprio Rush afirmou, em diversas entrevistas, que via os esquemas de proteção como algo que inibiam a inovação e o avanço tecnológico.
A indústria comercial subversiva é “obscenamente segura”, disse ele em entrevista ao Smithsonian Magazine, em 2019, “porque eles têm todos esses regulamentos. Mas também não inovou ou cresceu – porque eles têm todos esses regulamentos.”
À medida que o mundo passou a acompanhar o drama dos ocupantes do submersível, também passou a conhecer histórias um tanto bizarras sobre o funcionamento do veículo.
Na última terça-feira (20), o jornal The New York Times informou que em 2018 líderes da indústria da submersíveis criticaram a “abordagem experimental” da OceanGate. O Comitê de Veículos Subaquáticos Tripulados da Marine Technology Society escreveu uma carta a Rush, expressando preocupação com a conformidade da empresa em relação a uma certificação de avaliação de risco marítimo conhecida como DNV-GL.
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