Em depoimento à PF, Renan acusa Lira de receber informações privilegiadas de operações em Alagoas
A PF investiga denúncias de supostas interferências políticas na superintendência de Alagoas e vazamento de informações para lideranças políticas durante as eleições

O senador Renan Calheiros (MDB) acusa o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP) de aparelhar e interferir politicamente no órgão. O caso chegou à coordenação-geral de assuntos internos da Corregedoria da PF em Brasília.
De acordo com informações do Uol, o senador foi chamado a prestar depoimento, no fim de março, na condição de testemunha. “Ele anunciou para todos que estava nomeando a superintendente da Polícia Federal em Alagoas, se não me engano, em junho de 2022, Juliana de Sá Pereira Gonçalves, e que ela iria fazer a investigação de um fato que havia acontecido no âmbito da Assembleia Legislativa”, disse Renan ao delegado Ramon Morais.
A investigação da PF resultou no afastamento do governador e então candidato à reeleição Paulo Dantas. Dantas foi investigado por suspeita de rachadinha na época em que era deputado estadual. A decisão partiu do Superior Tribunal de Justiça a pedido da PF. A operação Edema foi deflagrada durante a campanha de segundo turno da corrida estadual.
O senador afirmou em depoimento que a delegada Juliana Sá permitiu que informações sobre a operação contra o prefeito de Rio Largo, Gilberto Gonçalves (PP), aliado de Arthur Lira, fossem vazadas para o presidente da Câmara antes de a PF ir às ruas. Em agosto, o gestor municipal foi um dos presos da Operação Beco da Pecúnia, que apura desvio de recursos, lavagem de dinheiro e organização criminosa com verbas do Fundo Nacional de Educação Básica e do SUS.
O grupo de Lira também acusa Renan de interferência na Polícia Federal. A atuação da polícia no período eleitoral de 2022 foi assunto de brigas públicas entre Renan Calheiros e Arthur Lira. Enquanto o senador falava em vazamentos e perseguição, o deputado dizia que o rival queria apenas abafar investigações. “Ficou claro o porquê de Renan ter pedido o afastamento do superintendente da PF em AL. Queria abafar a operação Edema. Ele sabe que hoje não há interferência na PF, como na época em que ele mandava e desmandava. Ao invés de combater a corrupção, Renan quer mesmo é abafá-la”, publicou Lira no Twitter no ano passado.
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