A família do menino Djhonatan, de 12 anos, acredita que teria um adulto envolvido no assassinato do adolescente. Nessa quarta-feira (26), o primo dele, da mesma idade, foi apreendido acusado de ato infracional semelhante a homicídio. A morte teria ocorrido após uma discussão entre os dois, na qual a vítima xingou da mãe do suspeito.

Logo depois do caso, houveram especulações de que o menino que morreu era envolvido com drogas, era aviãozinho, etc. Os familiares negaram as suposições, baseado no bom comportamento que ele tinha dentro de casa. A tia, Djaneide Cardoso, não acredita que o primo da vítima tenha agido sozinho.

Djhonatan ficou desparecido e o corpo só foi localizado três dias depois, no dia 19 de abril deste ano. O corpo dele foi encontrado por trás de uma fábrica, no município do Pilar, próximo a uma área com água. “Ele não poderia ter se afogado, era muito raso pra isso. O primo confessou, mas acho que alguém ajudou”, disse a tia.

Segundo a polícia, o adolescente teria usado uma faca de serra para matar o primo. Para a Justiça, a pena máxima chega a três anos para um menor que comete um ato infracional semelhante a homicídio.

Em entrevista à TV Ponta Verde, o advogado criminalista, Marcelo Medeiros, explicou que muitas pessoas têm a percepção equivocada de que a criança e o adolescente não têm responsabilização pelos atos. Mas a diferença é que, por questão de política criminal e adotando o critério biológico, existe um entendimento de o menor de 18 anos não tem plena formação da capacidade mental, logo, cumpre medida socioeducativa.

“No entanto, em casos como esse, de um ato infracional de grande gravidade, a penalidade pode chegar à internação”, finalizou Marcelo.