Ex-vereador Zico Bacana e irmão são mortos em ataque a tiros em Guadalupe, Rio
Ele foi baleado na cabeça por um carro que passou atirando contra a padaria onde eles estavam. Ex-vereador, que já foi investigado na CPI das Milícias e cumpriu mandato entre 2017 e 2020, já tinha sido alvo de um outro atentado
O ex-vereador Zico Bacana e o irmão foram mortos nesta segunda-feira (7) em um ataque a tiros em uma padaria em Guadalupe, na Zona Norte do Rio. Um carro passou atirando na esquina das ruas Eneas Martins com Francisco Portela.
O ex-vereador foi baleado na cabeça. Ele chegou a ser socorrido ao Hospital Municipal Albert Schweitzer, mas não resistiu. O irmão dele, Jorge Tavares, foi levado para o Hospital Carlos Chagas, mas também não resistiu.
Segundo as primeiras informações, os dois estavam com um segurança. A polícia confirmou uma terceira vítima baleada nas costas e no pé. A identidade não foi divulgada.
Zico Bacana, era PM, ex-vereador, foi ouvido no caso Marielle e citado em CPI como chefe de milícia
Zico Bacana já tinha sofrido uma tentativa de assassinato em novembro de 2020. Na ocasião, ele afirmou, em entrevista ao Bom Dia Rio, que foi baleado de raspão na cabeça em um bar em Ricardo de Albuquerque, na Zona Norte, depois de um dia de campanha.
Nesta segunda, ele publicou stories em sua conta no Instagram nas ruas de Guadalupe, correndo e visitando obras da prefeitura.
Paraquedista e PM
Zico Bacana foi baleado na Zona Norte do Rio — Foto: Reprodução/Redes sociais
Zico Bacana era o nome político de Jair Barbosa Tavares. Ele tinha 53 anos e foi vereador entre 2017 e 2020, pelo PHS. No último pleito, concorrendo pelo Podemos, ficou como suplente.
Em seu perfil nas redes sociais, ele se apresentava como paraquedista e policial militar.
Zico Bacana foi investigado pela CPI das milícias, citado como chefe de uma milícia. Em entrevista ao "Profissão Repórter", ele negou ser miliciano.
"Negativamente. Nunca. Nunca fiz parte (...) O policial militar é perseguido por usar farda e estar sempre no dia a dia com a população, é o que mais é visado", disse.
Em 2018, chegou a ser ouvido como testemunha nas investigações do caso Marielle, que participou da CPI da Milícias – não há indícios de qualquer participação dele no crime.
"Informei o máximo que pude, da melhor forma. O que fizeram com a nossa colega não era para acontecer. Peço para que as pessoas que saibam alguma coisa que liguem para o Disque Denúncia. O anonimato é garantido. Vamos ajudar. Faço parte da cúpula da Polícia Militar e estou nessa para defender a conduta da menina, que Deus a tenha. Me colocaram nisso", afirmou.
Investigado por milícia
De acordo com as denúncias que chegaram à Alerj na CPI das milícias, Zico Bacana era chefe de uma milícia que atuava nos bairros de Guadalupe, onde foi atacado, e Ricardo de Albuquerque.
As denúncias indicam que ele controlava uma milícia na comunidade Eternit, em Guadalupe, e que teria ligações com a milícia da Palmeirinha, em Honório Gurgel, que seria controlada pelo também PM Fabrício Fernandes Mirra, o "Mirra".
Zico Bacana nunca foi condenado pelo crime.
Inicialmente, ele foi candidato a vereador pelo PSDC (Partido Social Democrata Cristão). Teve 3,3 mil votos, mas não se elegeu.
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