STF autoriza Ronaldinho Gaúcho a ficar em silêncio durante audiência da CPI das Criptomoedas
Na decisão, Edson Fachin avalia que a CPI cumpre sua atuação de investigar, seguindo a Constituição, e que por isso a presença dele é necessária

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin aceitou em parte o pedido da defesa do ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho. Ele continua obrigado a comparecer à sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Criptomoedas, na Câmara dos Deputados, marcada para essa terça-feira (22), mas terá o direito de permanecer em silêncio diante de perguntas que possam incriminá-lo.
Na decisão, Fachin avalia que a CPI cumpre sua atuação de investigar, seguindo a Constituição, e que por isso a presença dele é necessária.
“Havendo dúvida sobre essa condição, deve-se privilegiar a presunção de constitucionalidade da atuação congressual, razão pela qual, ao menos por ora, não é possível acolher o pedido para garantir ao paciente o direito de não comparecimento.”, defendeu Fachin na decisão.
O ministro do STF deu aval para que o jogador possa ser assistido por seus advogados e não sofra constrangimentos. A decisão segue a jurisprudência recente da Corte, a exemplo do que aconteceu com o hacker Walter Delgatti Neto, na CPMI do 8 de janeiro.
“O direito ao silêncio assegura o direito de não ser compelido a se autoincriminar, requer a concessão de medida liminar para afastar a compulsoriedade de seu comparecimento à CPI e com o fim de ter assegurado”, escreveu Fachin sobre o direito do ex-atleta em ficar em silêncio.
Relação com empresa sob apuração
Ronaldinho foi convocado para prestar esclarecimentos sobre a relação que tem com a empresa 18K. A defesa dele afirma que o mesmo teve a imagem usada indevidamente e que também teria sido lesado. Também alega que ele não se envolveu com esquemas de fraudes, conforme sugerido por membros da CPI.
“Ronaldo foi vítima da empresa 18K e dos seus sócios, que utilizaram o nome do paciente sem autorização. Inclusive, o paciente já foi ouvido pelo Ministério Público de São Paulo e pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, na condição de testemunha. O paciente jamais participou da empresa, nem tampouco autorizou que o seu nome (sua imagem) fosse utilizado por tal empresa”, disse a defesa.
Os advogados afirmaram que o ex-atleta sofrerá “irreparável constrangimento ilegal por ato arbitrário e ilegal”.
O irmão de Ronaldinho, Assis, também entrou com pedido para não ser obrigado a comparecer à CPI. O ministro do STF Dias Toffoli, no entanto, tomou decisão similar à de Fachin.
O empresário e ex-jogador, assim como o irmão, terá direito ao silêncio para não se incriminar e à assistência de advogados, mas deverá comparecer à mesma sessão do colegiado, nesta terça.
*estagiária sob supervisão de Rodrigo Vasconcelos
Últimas notícias

Lula fala em retomar US$ 17 bi do comércio com Japão e cita eventual acordo com Mercosul

Filha de mulher que morreu queimada pelo marido ateia fogo na casa onde crime ocorreu

Conscientização sobre a epilepsia: projeto de Ayres institui ‘Março Roxo’ em Alagoas

Arapiraca se consolida como referência em educação em tempo integral

Governo de Alagoas promove 1º Encontro Estadual sobre Transtorno do Espectro Autista

Prefeitura de Maceió paga o salário de março nesta sexta-feira (28)
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
