Política

Alfredo Gaspar preside audiência pública para ouvir vítimas do afundamento do solo na capital alagoana

O deputado é o coordenador da Comissão Externa, da Câmara Federal, que acompanha as consequências do crime ambiental

Por 7Segundos 25/09/2023 11h11 - Atualizado em 25/09/2023 12h12
Alfredo Gaspar preside audiência pública para ouvir vítimas do afundamento do solo na capital alagoana
Alfredo Gaspar falou da importância da audiência pública para solucionar os problemas dos moradores dos bairros afetados pela mineração à Rede Antena 7 - Foto: Marcos Sousa

O deputado federal Alfredo Gaspar (União), está presidindo a audiência pública para discutir os danos sociais e econômicos sofridos pelas vítimas do afundamento do solo causado pelo Braskem, nesta segunda-feira (25).

Durante conversa com a Rede Atena 7, o parlamentar relembrou que a Comissão ouviu vários órgãos técnicos e que agora é a hora de ouvir as vítimas. “Chegou a hora de ouvir as vítimas para sedimentar esse trabalho e entender nessa relação de hipossuficiência, que aqueles que menos podem, são justamente as vítimas, muitas vezes obrigadas pela própria empresa a aceitar valores aquém daqueles que elas merecem”.

O deputado falou sobre o relatório final da Comissão. “É a principal parte do relatório: falar sobre as vítimas. Afinal de contas, a empresa deslocou mais de 50 mil pessoas pela sua atividade predatória e isso não pode ficar impune. Não é apenas reparação material e moral, é demonstrar para o país que a omissão da empresa e a irresponsabilidade de algumas autoridades públicas ocasionaram uma tragédia dessa proporção”.

Alfredo Gaspar revelou que a Comissão tem tido algumas surpresas referente a omissões de autoridades públicas.

Sobre o acordo entre o Ministério Público e a Braskem, que visa o reparo dos danos causados na cidade pela mineradora, Gaspar afirma. “Participei do primeiro acordo como chefe do Ministério Público, que era para salvar vidas. A única solução no momento era o aluguel social. Outros acordos aconteceram mas confesso que o importante, agora, é ouvir as vítimas. Se elas não estiverem satisfeitas com o que está posto, nós temos que fazer uma reparação justa. A palavra da vítima vale mais do que qualquer instituição ou poder público”.