Cunha defende CPI da Braskem mas aponta que Renan Calheiros foi ex-presidente da empresa
Em sua argumentação Rodrigo Cunha apontou que com a CPI, Calheiros deixaria a posição de possível investigado para ser investigador, deslegitimando as ações da Comissão e buscando não apurar fatos que podem envolver Renan no crime ambiental.
Defensor da investigação e da responsabilização da Braskem no caso do afundamento de bairros inteiros de Maceió, o senador Rodrigo Cunha (Podemos/AL) trouxe à tona fatos relevantes e que impedem o senador Renan Calheiros (MDB) de participar da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que vai apurar as responsabilidades da empresa diante da tragédia ambiental causada pela companhia na capital de Alagoas. A CPI teve seu requerimento lido em plenário na noite terça-feira (24) e deve ser instalada no Senado Federal.
Em sua argumentação Rodrigo Cunha apontou que com a CPI, Calheiros deixaria a posição de possível investigado para ser investigador, deslegitimando as ações da Comissão e buscando não apurar fatos que podem envolver Renan no crime ambiental. Isto porque Calheiros já foi presidente da antiga Salgema (atual Braskem), foi acusado de receber propina da Odebrecht (dona da Braskem), e assistiu passivamente durante 8 anos o governo de seu filho (ex-governador Renan Filho) concedendo licenças ambientais para a Braskem extrair o salgema do solo de Maceió.
“Gente, toda Alagoas sabe que eu sempre fui a favor de investigar a Braskem e de indenizar os moradores do Pinheiro e região. Aliás, o processo de reparação e indenização teve muito de nosso trabalho, que começou lá em 2019, quando ajudamos a provar a culpa da Braskem na tragédia de Maceió. Agora, tem senador que nem sabe onde fica o Pinheiro fazendo pose de bom moço e tentando ganhar no grito, se safar e enganar o povo. Senador que foi presidente da Salgema, nome antigo da Braskem, e que nunca se preocupou em fiscalizar a empresa”, destacou Cunha.
Ainda segundo Rodrigo, Renan é pai “de um ex-governador, que passou 8 anos no governo dando licença ambiental para a Braskem, se omitindo do problema. Cabe lembrar também que Renan Calheiros que foi acusado de receber propina da Odebrecht, dona da Braskem. Desta forma, o senador Renan é quem deveria ser investigado. Mas com a CPI ele agora quer ser investigador, um completo absurdo que pode comprometer o trabalho da CPI”, disse Cunha.
Rodrigo ainda reiterou que vai reivindicar sua participação na CPI da Braskem. “Sou a favor sim de investigar a Braskem, mas sou contra fazer uma CPI de palco, palanque ou picadeiro. Eu vou estar na CPI da Braskem defendendo o povo, ao contrário do senador Renan que agora, de última hora, só tem interesse no dinheiro que a Braskem vai pagar para o Governo do Estado”. A Comissão terá 11 membros titulares e sete suplentes e um prazo inicial de 120 dias — que pode ser prorrogado — para conduzir os seus trabalhos.
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