O Censo Populacional de 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que 37.814 pessoas têm 100 anos ou mais no Brasil, sendo 27.244 mulheres e 10.570 homens. Estes números representam um crescimento de 66,7% (15.138 pessoas) comparado ao Censo de 2010, um indicador do aumento da longevidade na população brasileira.

Em Alagoas, o número de centenários é de 820 pessoas, com 560 mulheres e 260 homens, representando cerca de 0,03% da população do estado. Em 2010, haviam 496 centenários, 163 homens e 333 mulheres, representando aproximadamente 0,02% da população.

Apesar deste número ser pequeno comparado ao número total da população do país, o evidente crescimento da longevidade preocupa especialistas, que dizem que a sociedade brasileira “não está pronta para o envelhecimento”. Um dos motivos apontados pelos pesquisadores é o preconceito contra idosos e a tendência cultural de considerá-los inúteis e incapazes de tomar decisões próprias. Outro fator apontado é como muitos dos direitos apontados pelo Estatuto do Idoso existem somente no papel e não auxiliam de forma concreta esta parcela da população.

As projeções de especialistas também indicam que, nas próximas décadas, o Brasil possui uma tendência de envelhecer cada vez mais, chegando a um ponto onde a população irá começar a entrar em declínio. Uma pesquisa do Ministério da Fazendo indica que, em 2060, existirão em média dois idosos acima de 65 anos para cada criança entre 0 e 14 anos.

O estudo alerta que eliminar estes preconceitos e integrar o idoso com políticas de capacitação e inclusão social e digital é fundamental para reduzir o impacto do envelhecimento no futuro do país.