‘Só a população mobilizada consegue mudança’, diz movimento de vítimas da Braskem
Para presidente, há epidemia de depressão entre vítimas do afundamento
O protesto das vítimas do afundamento do solo, provocado pela Braskem em cinco bairros de Maceió, foi marcado por reivindicações sobre realocação, pedidos de revisão de indenizações e homenagens aos que tiveram a saúde mental afetada pelo caso.
A manifestação bloqueou a Avenida Fernandes Lima na manhã desta quarta-feira (06). O trânsito ficou lento na região e o fluxo de veículos precisou ser deslocado.
Em entrevista ao programa Antena Manhã, da Rede Antena7, o presidente da Associação de Empresários e Moradores, Alexandre Sampaio, disse que as vítimas passam por epidemia de depressão.
“A gente vive um processo de adoecimento coletivo. Ele levou ao suicídio 14 pessoas. O ato mais extremo de desespero. Mas não só elas. São também as doenças autoimunes, AVCs, infartos. E isso não é registrado pelo SUS, pelo governo”.
O presidente da associação pediu isenção para tratar sobre o maior desastre socioambiental registrado em área urbana no mundo.
“A Braskem tomou de assalto todos os orgões de Justiça, Executivo e Legislativo. Só a população mobilizada consegue algum tipo de mudança. Nós queremos a revisão do acordo que colocou as vítimas em posição de vulnerabilidade e injustiça”.