Maceió

Polícia Federal confirma que estudos da UFAL com investimento da Braskem estão fora da operação

Movimentos ligados aos moradores dos bairros atingidos e pescadores, informaram não confiar nos relatórios emitidos

Por 7Segundos 21/12/2023 15h03 - Atualizado em 22/12/2023 07h07
Polícia Federal confirma que estudos da UFAL com investimento da Braskem estão fora da operação
Polícia Federal na sede da Braskem em Maceió - Foto: Ascom PF AL

A delegada Luciana Paiva Barbosa, superintendente da Polícia Federal no Estado, confirmou que os relatórios publicados por laboratórios da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) não foram alvos da operação “Lágrimas de Sal”, realizada na manhã desta quinta-feira (21), na sede da Braskem, em Maceió e mais dois estados.

A resposta veio durante coletiva de imprensa, ocorrida quatro horas depois da ação. A fala veio após indagação provocada por um jornalista. Isso porque, movimentos ligados aos moradores dos bairros atingidos e pescadores, informaram não confiar nos relatórios emitidos pelos laboratórios da UFAL já que estes teriam investimentos da Braskem.

Os grupos apontam que o grupo do Laboratório de Aquicultura e Ecologia Aquática, coordenado pelo professor Emerson Carlos Soares e Silva, tem o contrato para monitorar a lagoa Mundaú com a Braskem em janeiro deste ano. A empresa e a universidade se recusaram a informar o custo da parceria. 

Um dos objetivos da operação era encontrar documentos e provas que comprovassem a falsificação de informações e omissões de fatos relacionados as 35 minas que estão no subsolo da capital alagoana.

A delegada informou que estes relatórios não foram alvos das investigações, mas somente os que passavam pela cadeia de comando da empresa.

Aproximadamente 60 policiais federais cumprem 14 mandados judiciais de  busca e apreensão, dos quais 11 (onze) em Maceió, no Rio de Janeiro e 1  em Aracaju/SE, todos expedidos pela Justiça Federal do Estado de Alagoas.