'Só por teimosia, Padilha vai ficar muito tempo', diz Lula após Lira chamar ministro de 'desafeto' e 'incompetente'
Presidente da República bancou permanência no cargo do ministro das Relações Institucionais em reação às críticas feitas pelo presidente da Câmara.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta sexta-feira (12) que o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, permanecerá no cargo "só por teimosia".
A fala do presidente acontece após críticas feitas pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que chamou Padilha de "incompetente" (leia mais abaixo).
A declaração de Lula foi dada durante a inauguração de sede da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfevea), em São Paulo.
Ao introduzir a fala, o presidente comparou o cargo ocupado por Padilha com um casamento.
"O Padilha está no cargo que parece ser o melhor do mundo nos primeiros seis meses. E depois começa a ser um cargo muito difícil. Porque nos primeiros seis meses, é como um casamento, nos primeiros seis meses de casamento é tudo maravilhoso. (...) Então, o que acontece é que chega um momento que começa a cobrar", afirmou o presidente.
"E o Padilha está na fase da cobrança. (...) Mas só de teimosia, o Padilha vai ficar muito tempo nesse ministério, porque não tem ninguém melhor preparado para lidar com a diversidade dentro do Congresso Nacional que o companheiro Padilha", completou Lula.
Mais cedo, o próprio Partido dos Trabalhadores (PT) emitiu nota em defesa de Padilha. No comunicado que divulgou, o PT manifestou "irrestrita solidariedade" a Padilha e disse que é "inegável" a "competência" do ministro de Lula.
Críticas de Lira e a resposta do ministro
O presidente da Câmara fez os ataques depois de ser questionado por jornalistas sobre a votação na Câmara que manteve a prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ).
Nos bastidores, deputados dizem que Lira ficou contrariado com o que considerou ser uma interferência do governo, sobretudo de Alexandre Padilha, na análise pela Câmara da situação de Brazão. Padilha disse, publicamente, que o governo orientaria pela manutenção da prisão.
Nesta sexta, em um evento no Rio de Janeiro, o ministro de Lula se defendeu. Questionado sobre a fala de Lira, Padilha disse que não desceria "a esse nível" e que seguirá atuando sem "rancor".
"O único ato que fizemos durante a votação desse tema foi afirmar que o governo defendia a prisão desse parlamentar que [foi preso], a partir de um processo de investigação de seis anos, com uma atuação forte do ministro Flávio Dino e do ministro Ricardo Lewandowski no governo do presidente Lula", disse Padilha.
Governistas têm receio de que a crise entre Padilha e Lira atrapalhe a votação de propostas de interesse do Executivo no Congresso Nacional.
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