Filiado ao PT, Jean Wyllys defende candidatura de Simone Tebet em 2026
Ex-deputado é filiado ao PT, mas defende que o partido deixe de ser protagonista na próxima eleição
O ex-deputado federal Jean Wyllys, filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) desde 2021, surpreendeu ao defender, publicamente, a candidatura da ex-senadora e atual ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), à Presidência da República nas eleições de 2026.
Em entrevista ao canal Futeboteco, no YouTube, Wyllys, que é jornalista, professor e foi filiado ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) antes de ingressar no PT, entre 2009 e 2021, afirmou que é contra uma eventual candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à reeleição daqui a 2 anos.
“Eu acho que era hora de o PT sair do protagonismo e vir para a retaguarda, se tornar coadjuvante, apostar no nome de Simone Tebet como cabeça de chapa”, disse o ex-deputado na entrevista. “Eu acho que o Lula não deveria se candidatar em 2026. Já deu”, completou Wyllys.
Ainda segundo o ex-deputado, a chapa ideal para representar o atual governo na próxima eleição presidencial seria composta por Tebet, como candidata à Presidência, e Silvio Almeida, atual ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, para vice – com o apoio de Lula, mas sem a participação direta do presidente da República.
“É difícil eu dizer isso, até porque eu vou ser xingado. O lulismo é uma coisa muito doida, o lulismo, às vezes, não é muito crítico. Eu acho que Lula pode ser cabo eleitoral”, afirmou Wyllys.
“Acho que a Simone, muito mais que a Marina [Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima], dialoga muito mais com mais setores. E a Simone integra o atual governo. Mas isso implicaria o PT largar o osso, e o PT não é um partido que largue o osso, lamentavelmente”, criticou o ex-parlamentar.
“Lula tem sua vaidade. Lula é maravilhoso, eu amo o Lula, amo, mas Lula é vaidoso. Lula não gosta de outras lideranças perto dele. Ele tem a vaidade de ser o ‘super leão’ que está aqui”, prosseguiu Wyllys. “Então, novas lideranças também não brotaram porque o PT fica no lulismo, e a gente precisa entender que Lula não é eterno.”