Oposição ameaça obstruir votações para pressionar pelo impeachment de Moraes
Parlamentares da oposição na Câmara e no Senado preparam ‘superpedido’ de impeachment contra o ministro do STF

A líder da minoria na Câmara dos Deputados, deputada Bia Kicis (PL-DF), anunciou nesta quarta-feira (4) que a oposição vai obstruir os trabalhos na Câmara para pressionar pelo impeachment do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. Parlamentares da oposição confirmaram que vão protocolar o pedido de impeachment na próxima segunda-feira (9). A análise do pedido, no entanto, dependerá da decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
“Iremos obstruir. Essa decisão já foi tomada. Vamos lutar pela anistia dos perseguidos políticos e pelo fim da censura no Brasil. O que está acontecendo é uma forma de censura ao povo brasileiro, aos 22 milhões de pessoas que usavam o X”, declarou a parlamentar, acompanhada por outros senadores e deputados da oposição. Eles convocaram a imprensa para divulgar um manifesto que critica a atuação do ministro Alexandre de Moraes, especialmente no que diz respeito às investigações envolvendo bolsonaristas por supostos atos antidemocráticos.
O líder da oposição no Senado, Marcos Rogério (PL-RO), afirmou que qualquer decisão sobre obstrução na Casa Alta será discutida e tomada somente após o protocolo do pedido de impeachment.
A ofensiva de parlamentares contra o ministro Alexandre de Moraes se intensificou e adquiriu novos contornos após a divulgação pela imprensa de que Moraes teria solicitado, de maneira não oficial, a produção de relatórios pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para justificar decisões contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A situação ficou ainda mais delicada com a ordem do ministro para suspender as operações da rede social X (antigo Twitter) no Brasil. As multas aplicadas por desobediência às ordens judiciais já superam R$ 18 milhões. A Procuradoria-Geral da República apoiou o bloqueio, alegando desobediência seletiva com viés político.
Desde março, o proprietário da rede social, Elon Musk, tem se recusado a bloquear perfis relacionados às investigações sobre ataques à democracia e fechou o escritório da plataforma no Brasil após ameaças envolvendo sua então representante legal na região.
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