Diálogos mostram tentativa de prender Moraes: “Tô na posição”
A Polícia Federal obteve as mensagens dos celulares dos investigados em um chat privado designado “Copa 2022”, nome do plano para matar Lula
Agentes da Polícia Federal (PF) tiveram acesso às mensagens dos celulares dos militares investigados por articular um golpe de Estado em 2022.
Segundo a Polícia Federal, o grupo de militares chegou a se posicionar nas ruas de Brasília para desencadear uma “ação clandestina”, cujo alvo era o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
“O contexto das mensagens trocadas indica que a ação desenvolvida tinha relação com a notícia do adiamento da votação que estava sendo realizada naquele dia no Supremo Tribunal Federal. No dia 15/12/2022, os ministros encerraram as atividades do plenário no início da noite”, relatam os investigadores.
A apuração aponta que os militares usavam um chat privado no aplicativo Signal para evitar interceptação, que se chamava “copa 2022”, nome dado pelos investigados para o plano de matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes.
“As trocas de mensagens no grupo do aplicativo Signal indicam que a pessoa associada ao codinome ‘teixeiralafaiete230’ exercia o papel de liderança do grupo, decidindo, inclusive, abortar a ação que estava sendo executada”, diz o documento da Polícia Federal.
Foi o conteúdo das mensagens trocadas, segundo consta na representação da Polícia Federal, que levou à prisão de quatro militares do Exército e de um policial federal, nesta quinta-feira (19), durante a Operação Contragolpe.
Na troca de mensagens, pode-se observar que ““teixeiralafaiete230” determinou a “Áustria” que voltasse “ao local de desembarque”. Ele diz “estamos aqui ainda”, indicando que estava acompanhado de pelo menos mais uma pessoa.
Ao menos seis pessoas participaram do plano em 15 de dezembro de 2022, segundo a PF.
As conversas mostram que, às 20h33 daquela data, um dos integrantes enviou uma mensagem dizendo estar no estacionamento de um restaurante no Parque da Cidade, em Brasília.
“Estacionamento da troca da primeira vez”, diz.
“Tô na posição”, responde outro.
“Ok. Qual a conduta?”, pergunta quem estava no estacionamento.
“Aguarde”, diz um terceiro participante do grupo.
Aproximadamente dois minutos após a conversa, “teixeiralafaiete230” confirma o cancelamento da operação.
“Abortar… Áustria… volta para local de desembarque… estamos aqui ainda…”, escreveu.
O documento da Polícia Federal também mostra que os suspeitos conversavam entre si por ligações de áudio, mas esse conteúdo não foi recuperado.
Operação Contragolpe
A Operação Contragolpe, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira, foi autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. A ação visa desarticular organização criminosa que teria planejado golpe de Estado em 2022 para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e atacar o STF. Veja os presos:




Segundo a PF, havia um planejamento operacional, denominado “Punhal Verde e Amarelo”, para matar Lula, Alckmin e Moraes.
A operação mira os “kids pretos”, que seriam militares da ativa e da reserva. Além deles, um policial federal foi preso.
Um dos alvos é o general da reserva Mário Fernandes, que foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Jair Bolsonaro e hoje é assessor do deputado federal Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde de Bolsonaro.
Outros “kids pretos” presos:
Tenente-coronel Helio Ferreira Lima
Major Rodrigo Bezerra Azevedo
Major Rafael Martins de Oliveira
Também foi preso o policial federal Wladimir Matos Soares.
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