Educação

Após denúncias de assaltos e tráfico, UFAL anuncia série de medidas; confira

Segundo a nota, a segurança privada no local foi ampliada, além da flexibilização dos horários de expediente dos servidores

Por Wanessa Santos 31/01/2025 09h09 - Atualizado em 31/01/2025 10h10
Após denúncias de assaltos e tráfico, UFAL anuncia série de medidas; confira
Segundo informações preliminares, o ICHCA, na Ufal, tem sofrido uma onda de violência, ameaças e tráfico de drogas - Foto: Reprodução

A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) emitiu uma nota, na manhã desta sexta-feira (31), informando quais medidas a universidade está tomando após a suspensão das aulas presenciais no Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA), localizado no campus A. C. Simões, em Maceió, devido a falta de segurança no local. Segundo a nota, a segurança privada no local foi ampliada, além da flexibilização dos horários de expediente dos servidores.

A nota, diz ainda, que o tema, que é bastante sensível, foi incluído, como sendo prioritário, na primeira sessão do ano do Conselho Superior Universitário (Consuni), que ocorrerá na próxima terça-feira (4). Na ocasião, o assunto e as novas medidas que serão adotadas para buscar solucionar a questão, serão discutidas com todos os conselheiros e conselheiras docentes, servidores técnicos, servidoras técnicas e discentes da Ufal.

As denúncias


Segundo informações preliminares, no final do ano de 2024 e no começo de 2025, houve uma onda de tráfico de drogas e disputa de facções criminosas, além de assaltos constantes, - devido à falta de iluminação -, que provocaram uma onda de medo no ICHCA. Além disso, alguns criminosos dessas facções ameaçaram os técnicos e profissionais do local, o que fez as portas serem fechadas e as aulas suspensas.

O local está fechado desde o começo de janeiro deste ano, e diversos estudantes do departamento acadêmico têm se sentido prejudicados por falta de informações e por não conseguirem dar continuidade às atividades acadêmicas.

A questão da segurança dentro de universidades federais é um problema antigo e que, até hoje, não teve solução efetiva. Dentro dos campus, que é uma área federal, a Polícia Militar (PM) não tem gerência, não podendo atuar. Entretanto, ela pode fazer o policiamento no entorno.

Sobre isso, a Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSP), em nota, informou que “o policiamento ostensivo no entorno do Campus Maceió da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) é realizado diariamente pelo 12º Batalhão de Polícia Militar. No entanto, reforça que a atuação dentro das dependências da universidade é de competência da Polícia Federal, uma vez que se trata de uma área federal”.

Por outro lado, os seguranças que são vistos fazendo rondas dentro do campus são contratados apenas para proteger o patrimônio, ou seja, não fazem a segurança de pessoas, alunos ou servidores da universidade.

Espera-se que a situação que ocorre na Ufal possa ser, de fato, resolvida, para que alunos e trabalhadores possam se sentir seguros para retomar as suas atividades no local.

Confira a nota da Ufal na íntegra:

A Reitoria da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), em razão dos recentes fatos envolvendo episódios de insegurança no Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA), situado no Campus A. C. Simões, em Maceió, informa que já foram adotadas, após reunião com direção, coordenadores de cursos e técnicos, algumas medidas administrativas:

Ampliação de segurança privada no referido instituto, determinação de abertura e fechamento das salas por parte da segurança privada em atuação na universidade, flexibilização dos horários de expediente dos servidores do instituto, além de providenciar a inclusão do tema como ponto de pauta prioritário na primeira sessão do ano do Conselho Superior Universitário (Consuni), a ser realizada na terça-feira, 4 de fevereiro, onde serão discutidas, com todos os conselheiros e conselheiras docentes, servidores técnicos, servidoras técnicas e discentes, novas deliberações a serem realizadas.

Ressalta-se que, por se tratar de uma questão sensível que permeia o campo da segurança pública, fez-se necessária a escuta do Conselho Acadêmico do Instituto, respeitando todo espírito democrático que embasa a Universidade. Na terça-feira (4) a sessão do Conselho Universitário irá expandir a escuta dessa situação para toda a comunidade acadêmica.

A sessão do Consuni será a partir das 9h, na próximo dia 4 de fevereiro, na Sala dos Conselhos, e será presidida pela reitora em exercício, professora Eliane Cavalcanti.