Consumo das famílias sobe 0,9% na capital e se aproxima do desempenho nacional
Após meses de queda, indicador voltou a crescer em novembro e, em janeiro, chegou perto dos 1% do agregado para o Brasil

Ainda embalados pelos incentivos ao consumo trazidos pelo final do ano, as famílias iniciaram o ano com boas intenções para as compras e, em janeiro, o Índice de Consumo das Famílias (ICF) subiu 0,9%, em Maceió, marcando 113,5 pontos frente aos 112,5 registrados em dezembro. Este foi o segundo aumento seguido após uma série de quedas iniciada em junho passado, quando o indicador alcançou 121,6 pontos. Os números são da pesquisa realizada em parceria entre o Instituto Fecomércio AL e a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
A manutenção do ritmo de crescimento possivelmente reflete fatores como um maior acesso ao crédito e as férias escolares, bem como o próprio pagamento do 13º, já que muitas famílias acabam por reservar uma parcela do valor para a compra de material escolar, por exemplo. Com isso, o desempenho da capital alagoana segue a tendência nacional, embora com um pouco de atraso.
Isto porque, enquanto o consumo nacional vem crescendo de forma contínua desde agosto passado, Maceió somente retornou ao crescimento em novembro e, em janeiro, o desempenho de 0,9% da capital chegou perto dos 1% do agregado para o Brasil. “O consumidor de Maceió só se alinhou à confiança nacional a partir do recebimento da primeira parcela do décimo terceiro salário, em novembro, a qual trouxe melhores condições de consumo”, analisa o assessor econômico do Instituto Fecomércio AL, Francisco Rosário.
Renda atual e insegurança sobre a manutenção do emprego impactam no consumo
A mensuração do ICF decorre da análise de sete subíndices e, na variação mensal, quatro tiveram desempenhos positivos e, três, negativos. Nesse contexto, os resultados foram: elevação de 1,3% no subindicador de emprego atual; de 1,6% no nível de consumo atual, o qual representa o consumo das famílias em curto prazo; e de 3,1% em perspectiva de consumo, sinalizando a intenção para o futuro. Na comparação anual, houve um crescimento significativo nestes dois últimos subindicadores, com aumentos de 15% e 28,5%, respectivamente.
Os registros negativos ficaram com os subindicadores de acesso ao crédito, com -0,2%; de renda atual, recuando -1,2%; e de perspectiva profissional, marcando -2,5%. “A renda atual e a perspectiva profissional estão agindo como mitigadores do aumento do consumo, uma vez que a renda atual está sendo corroída pela inflação e há insegurança em relação à manutenção do emprego no futuro próximo. Em relação ao emprego futuro, é por causa da maioria dos novos empregos no final do ano serem temporários e que, provavelmente, não se mantêm após janeiro”, explica o economista.
Os dados da pesquisa do Instituto Fecomércio demonstram, ainda, que o número de famílias que estão comprando a mesma coisa que antes aumentou 7,4%, na comparação mensal, ao passo que o número de famílias que estão comprando menos reduziu -5,6%. Redução também no número de famílias que estão comprando mais, ficando em -2,4%. Este cenário indica uma relativa estabilidade no consumo, pois a maioria das famílias estão comprando o mesmo que no mês anterior.
Evolução do consumo está contínua nas famílias de maior renda
Quando analisado por faixa de renda, o consumo reflete sentidos opostos: enquanto as famílias com renda superior a 10 salários mínimos (10 sm) vêm em crescimento contínuo desde de março do ano passado, chegando a 159,8 pontos, em janeiro, nas famílias com renda de até 10 sm este movimento oscilou, caindo de maio a novembro e voltando a crescer de novembro a janeiro, quando marcou 113,5 pontos. “Esse movimento das famílias de menor renda impacta no desempenho geral do indicador de consumos, pois 96,2% dos empregados formais de Maceió recebem até 10 sm, segundo dados da RAIS, do Ministério do Trabalho”, afirma Rosário.
Apesar das diferenças, na comparação mensal o relevante é que nas duas faixas de renda houve aumento na intenção futura de consumo, subindo 2,9% nas famílias com menor renda e 4,7% nas de maior renda. Considerando que o padrão de consumo em Maceió é dado por famílias de menor renda e, nos últimos três meses houve um crescimento acumulado de 5%. Isto pode ser uma tendência para os próximos meses.
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