Central de Transplantes de Alagoas beneficia mais cinco pessoas
Processo ocorreu depois que os familiares de um paciente vítima de AVC foi diagnosticado com morte encefálica
A Central de Transplantes de Alagoas realizou mais uma captação de órgãos no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, beneficiando cinco pessoas. A ação ocorreu no domingo (30), depois da autorização dos familiares de um paciente de 44 anos, diagnosticado com morte encefálica, após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
A conclusão do protocolo que confirmou a morte encefálica foi cumprida no dia anterior, quando a equipe da Organização de Procura de Órgãos (OPO) fez o comunicado aos familiares e apresentou a possibilidade da doação dos órgãos. Um momento delicado, cercado por lágrimas, mas que não impediu a realização do processo de captação, que resultou na retirada dos dois rins, das duas córneas e do fígado do doador.
“É um momento de muita dor, porém de ressignificação da vida, pois é um gesto que fortalece a corrente do bem. Centenas de famílias em Alagoas estão ansiosas pela notícia do transplante e, assim, poder superar uma fase difícil, retornando a rotina de felicidade. A nossa missão é que mais e mais pessoas tenham essa oportunidade e o Governo de Alagoas tem trabalhado com compromisso e seriedade por isso”, afirmou a coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, Daniela Ramos.
Conforme o último levantamento, 563 pessoas em Alagoas estão na fila de espera por transplante, sendo 546 por uma córnea, oito por um rim, mais cinco por um fígado e quatro por um coração. Para tentar mudar essa realidade, uma equipe multidisciplinar da OPO percorre diferentes hospitais para avaliar pacientes que podem ter perdido as funções do cérebro de forma irreversível, sem interferir no trabalho das equipes que se dedicam a salvar esta vida.
“Se todos entenderem que o caso pode ter evoluído para morte encefálica, nós iniciamos o protocolo estabelecido pela Resolução Nº 2.173, de 23 de novembro de 2017, do Conselho Federal de Medicina [CFM], que define critérios precisos e padronizados. São avaliações rígidas, por meio da realização de dois exames clínicos, com intervalos que variam de acordo com a idade dos doadores, realizados por médicos diferentes. No menor sinal de resposta do cérebro, o protocolo é encerrado com a conclusão que existe vida”, explicou o coordenador da OPO, médico Lucas Santana.
Porém, se o protocolo revelar que houve a perda completa e irreversível das funções encefálicas cerebrais, definida pela cessação das funções corticais e do tronco encefálico ou tronco cerebral, uma equipe multidisciplinar da OPO entra em cena. Com isso, eles irão levar essa notícia aos familiares, em tempo de ocorrer a doação antes da parada cardíaca, que impedirá a realização do processo.
“Desse modo, nós pedimos aos colaboradores dos hospitais que não fazem parte da OPO que jamais mencione a possibilidade de doação de órgãos antes da conclusão do diagnóstico e deixem essa abordagem para a OPO, que segue critérios éticos e adequados. Quando há essa interferência, o processo corre risco de perda de confiabilidade e credibilidade, abrindo espaço para dúvidas que dificultam a autorização para a doação”, enfatizou Daniela Ramos.
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