Leonardo Dias cobra soluções concretas para reduzir população de rua em Maceió
Dias reforçou que o enfrentamento ao problema vai muito além da segurança pública

Durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de Maceió desta terça-feira (8), o vereador Leonardo Dias (PL) fez um pronunciamento sobre o avanço da população em situação de rua na capital alagoana. A fala foi motivada por vídeos que circularam nas redes sociais no fim de semana, mostrando pessoas em situação de rua consumindo drogas nas proximidades de um hotel.
Ainda em seu discurso, Dias chamou a atenção para os constantes prejuízos enfrentados por comerciantes. O mais recente foi o da empresária Endy Mesquita, que teve seu estabelecimento vandalizado. Para o vereador, a sensação de impunidade e a falta de ações eficazes por parte do Governo do Estado e da Justiça agravam o problema.
Dias reforçou que o enfrentamento ao problema vai muito além da segurança pública. Para ele, a questão precisa ser tratada com prioridade nas áreas da saúde e da assistência social.
“Tenho uma experiência de mais de uma década com a população de rua e há muito tempo percebi que, por mais que a gente enxergue como um problema de segurança pública, é um problema de saúde e assistência social”, afirmou o vereador. “A segurança termina sendo somente o estágio final, quando a pessoa já está viciada, devendo a traficante e precisa de dinheiro.”
Leonardo defendeu investimentos focados na recuperação da saúde física e mental das pessoas em situação de rua, com políticas que promovam a reinserção social e profissional, em vez de mantê-las presas a abrigos sem perspectivas.
“Me preocupa muito a gente ter deficiência para combater a raiz do problema e, muitas vezes, deixamos ele se agravar para continuarmos enxugando gelo”, criticou.
Ele citou uma iniciativa levada à Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Alagoas (Ademi), na qual foi feita uma seleção de pessoas sem vícios para inserção no mercado de trabalho. Dos 15 selecionados, apenas sete aceitaram a proposta.
“Oito deles não quiseram trabalhar para não perderem o Bolsa Família”, lamentou Dias. “Temos uma estimativa de cinco mil moradores de rua e conseguimos indicar apenas sete para trabalhar. Teremos um projeto com 50 vagas de zeladoria, mas temo que nem esses 50 a gente consiga preencher.”
O vereador também responsabilizou o Governo Federal pelo que considera um desmonte da assistência social, e alertou que, se a situação não for enfrentada com seriedade, o aumento de cracolândias, furtos e pequenos delitos se tornará inevitável.
“Temos um abrigo com 400 vagas e outro com 50 no Benedito Bentes. Ainda que tivéssemos cinco mil vagas, esse número vai continuar crescendo. Não se busca restabelecer os laços familiares nem superar os vícios. Essas pessoas não podem ser eternamente mantidas pelo poder público”
Por fim, Leonardo Dias criticou o que chamou de "prisão assistencial" promovida pelo atual modelo do Bolsa Família.
“O Bolsa Família, sendo dado de forma desregrada, termina aprisionando a pessoa. Muitos preferem receber o benefício a ter a carteira assinada. Isso não pode ser tratado como normal”, concluiu.
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