HGE alerta para os riscos causados por queimaduras e recomenda atenção também dentro de casa
A cirurgiã plástica Anna Lima diz que é preciso redobrar os cuidados e a atenção principalmente com as crianças

O Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, realizou 460 atendimentos relacionados a queimaduras em 2024 e, este ano, de janeiro a maio, já foram realizadas 170 assistências. Todos os casos recebem o atendimento inicial na Área Vermelha e, em seguida, são encaminhados para o serviço necessário para a estabilização do quadro clínico. A maioria precisa de internação no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ), único em Alagoas especializado no tratamento de média e alta complexidade.
O CTQ possui 16 leitos, sendo cinco infantis, quatro destinados a mulheres, seis a homens e um para precaução de contato. Ainda contém uma sala de balneoterapia, uma de curativo, uma para procedimentos cirúrgicos, um posto de enfermagem, uma farmácia satélite e um ambulatório. O setor é fechado, funciona 24 horas por dia, exige medidas de precaução para proteger os pacientes do risco de infecções e conta com uma equipe multidisciplinar especializada.
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“Médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, farmacêuticos, técnicos de enfermagem, além da área administrativa, se revezam para manter os nossos pacientes bem assistidos. Cada caso é analisado para o uso da melhor cobertura, curativo e medicação que ajudem no conforto e na recuperação do paciente”, explicou a coordenadora do CTQ, a cirurgiã plástica Anna Lima.
Entre os alagoanos contemplados com o serviço está uma menina de nove anos que sofreu queimaduras de segundo grau entre a barriga e as coxas. A sua tia, Dayanny dos Santos, de 33 anos, relatou que o acidente aconteceu durante a distração da menor com o celular. Era um dia de muita chuva e existiam goteiras pela casa. A avó avisou a neta para ter cuidado, mas, desatenta, a criança tropeçou no pano de chão e atingiu o fogão que estava com duas panelas com água fervendo.
“As panelas viraram em cima dela e ela saiu correndo pela casa dizendo que estava pegando fogo. A avó a colocou embaixo do chuveiro e depois levou para a UPA [Unidade de Pronto Atendimento] Chã da Jaqueira. Lá foi medicada e em pouco tempo trazida para o HGE. Quando chegou por aqui, ela foi rapidamente atendida e transferida para o CTQ. Aqui ela faz os curativos, é medicada, toma banho e recebe o tratamento de excelência”, disse a tia.
As lesões se estenderam por 16,5% de área do corpo. A previsão é que a alta hospitalar aconteça em breve. Até lá, a equipe multidisciplinar continua realizando abordagens que visam agilizar o processo de cicatrização, além de fortalecer o sentimento de confiança e de tranquilidade durante o processo. A médica comenta que a melhor atitude no primeiro socorro foi levar a menor para o banho em água corrente. Isso já contribuiu para o resfriamento da pele e evitou o agravamento da queimadura.
“Jamais devem ser usadas a pasta de dente, a manteiga, o pó de café, teia de aranha ou qualquer outra alternativa caseira. Também é importante que não seja aplicada qualquer medicação antes da avaliação do médico. O melhor mesmo é expor a pele a água corrente não aquecida por alguns minutos e, logo em seguida, procurar o atendimento de urgência e emergência mais próximo, podendo acionar o Samu se houver necessidade”, orientou a médica.
Conselho
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Faz parte da tradição das festas juninas o cozimento de alimentos típicos, a construção de fogueiras e o uso de fogos de artifício. Porém, todas essas práticas podem terminar em tragédia caso o manuseio não ocorra com segurança por adultos esclarecidos sobre como prevenir os acidentes.
“É preciso redobrar os cuidados e a atenção principalmente com as crianças. Há muitas coisas que parecem ser inocentes, como, por exemplo, aquelas estrelinhas, pular fogueira; acender uma churrasqueira no local onde as crianças estão correndo, ou cozinhar o quentão, a canjica, sem impedir a circulação das crianças na cozinha. Isso tudo oferece muito risco! E contra isso, a prevenção é a melhor alternativa para garantir que a festa se torne uma lembrança feliz”, pontuou a especialista do HGE.
Paciente
Iasmin Silva Costa, de 36 anos, é a mãe da paciente que está em atendimento no CTQ após sofrer extensa queimadura. Ela comentou que a sua filha gosta muito das festas juninas e solta alguns tipos de fogos de artifício sob a sua supervisão. Com o acidente, ela interpreta que a sua visão sobre o assunto mudou e apela para que outras mães não percam de vista os seus filhos.
“As crianças nos cegam. Mas, conversando, retirando também o uso celular nas festas, contribuímos para que a criança tenha mais atenção aos riscos do local onde está. Foi o celular que fez a minha filha não perceber o pano de chão, tropeçar e derrubar as panelas que estavam no fogão. Se ela tivesse prestado atenção, não teria acontecido nada disso. Então, um conselho que dou é ter mais paciência, dialogar esclarecendo os riscos, porque às vezes a gente acha que dentro de casa está protegido, mas é dentro de casa que acontecem mais os acidentes”, declarou Iasmin.
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