Política

De ex-comunista a apoiador de Bolsonaro: Aldo Rebelo fala sobre mudança e como reage às críticas

O alagoano já foi ministro de Lula e Dilma, mas desde 2024 tem se aproximado da direita e do bolsonarismo

Por Felipe Ferreira 18/06/2025 16h04 - Atualizado em 18/06/2025 16h04
De ex-comunista a apoiador de Bolsonaro: Aldo Rebelo fala sobre mudança e como reage às críticas
Aldo já foi ministro de Lula e Dilma, mas tem se aproximado cada vez mais do bolsonarismo - Foto: Montagem 7Segundos

O alagoano Aldo Rebelo, que já chegou a presidir a Câmara dos Deputados, é alvo de críticas nos últimos anos por sua aproximação com o bolsonarismo e com a direita. Rebelo militou na esquerda ao longo de toda sua trajetória política, mas afirma que continua defendendo seus ideais.

Em entrevista ao 7Segundos, Aldo Rebelo contou como reage às críticas de ex-companheiros de luta sobre seu processo de mudança.

Questionado sobre os comunistas que o criticam, Aldo Rebelo disse que não reage aos ex-companheiros e afirmou que mantém a defesa pela democracia.

“Eu não reajo [às críticas]. Apenas prossigo defendendo as ideias que sempre defendi. Na época do Regime Militar nós todos militamos no MDB e as bandeiras eram essas: defesa do desenvolvimento, da redução das desigualdades, e da democracia. E é isso que continua atual”, disse Rebelo ao 7Segundos.

Histórico de Aldo Rebelo


Aldo Rebelo nasceu em Alagoas e construiu uma longa trajetória na política nacional. Jornalista de formação, foi deputado federal por seis mandatos consecutivos, sempre por São Paulo. No Congresso, destacou-se ao presidir a Câmara dos Deputados, onde ficou conhecido como o "primeiro presidente comunista da Casa".

Sua atuação nos governos do PT incluiu passagens como ministro de Estado nas gestões de Lula e Dilma Rousseff, comandando as pastas dos Esportes, da Ciência e Tecnologia, e da Defesa. Em 2008, compôs a chapa de Marta Suplicy (PT) como candidato a vice-prefeito da capital paulista.

A militância de Aldo teve início na esquerda, com forte atuação na Ação Popular — organização de resistência à ditadura ligada à Igreja Católica — e no movimento estudantil. Por 40 anos, foi filiado ao PCdoB, além de ter passado posteriormente por partidos como PSB, MDB e PDT.

Em 2024, aproximou-se de lideranças da direita e chegou a receber elogios públicos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), movimento que o distanciou da esquerda tradicional. Nesse mesmo ano, assumiu brevemente o cargo de secretário de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo, a convite do prefeito Ricardo Nunes (MDB).