Exonerado após fuga de major, coronel critica manutenção de presos na Academia de PM
Ele foi exonerado do cargo após o major Pedro Silva fugir da academia militar, onde estava preso por violência doméstica, e matar o próprio filho, de 10 anos, e o ex-cunhado

O coronel Mário Antônio de Oliveira Xavier Barros, exonerado do cargo de comandante da Academia de Polícia Militar (APM), chamou, em um áudio que circula nas redes sociais, a manutenção de presos no local de “gambiarra administrativa”. Ele foi exonerado do cargo após o major Pedro Silva fugir da academia militar, onde estava preso por violência doméstica, e matar o próprio filho, de 10 anos, e o ex-cunhado. No áudio, ele diz que ninguém da APM tem culpa pelo ocorrido.
No relato, o coronel Xavier afirmou que decidiu se manifestar publicamente para se defender das acusações que surgiram após o caso. Ele declarou que não ficou chateado com a exoneração, mas classificou como injusta a atribuição de responsabilidade a ele e à equipe que estava de serviço. “A minha indignação está pelo motivo pelo qual fui exonerado. Não há nenhum tipo de responsabilidade atribuída a mim, e muito menos ao oficial que estava de serviço, à guarda que estava de serviço, ao Cefap, à academia, ao Bope, à Cisp”, afirmou.
O coronel criticou a prática de manter presos em alojamentos da academia, destacando que o local não possui estrutura adequada para essa finalidade. “Como deveríamos responsabilizar toda uma guarda que era de uma escola? Lá na frente, no letreiro, que está em frente à praia do Trapiche da Barra, está escrito ESCOLA de Comandantes, e não PRESÍDIO MILITAR”, disse. Ele explicou que a Polícia Militar de Alagoas não dispõe de uma Sala de Estado Maior, como prevê a legislação para prisão de oficiais superiores.
“Criou-se um costume em deixar oficiais presos na Academia de Polícia Militar, no alojamento dos oficiais. Lá não é presídio”, afirmou. Segundo ele, a academia já abrigou deputados estaduais, prefeitos, promotores e advogados presos em outras ocasiões, mas todos em caráter provisório e por falta de alternativa adequada.
Sobre a fuga, o coronel declarou que não houve facilitação e negou ter trocado fechaduras ou entregado chaves ao major Pedro Silva. Ele relatou que o oficial fugiu após receber visita dos filhos e durante o horário de banho de sol, momento em que teria abusado da confiança dos agentes. “Como ele fugiu, ninguém sabe. Fizemos todo o possível para que ele permanecesse lá. Se há algum culpado, hoje em dia, de toda essa tragédia, a culpa é do major Pedro”, afirmou.
Xavier encerrou o áudio dizendo que não aceitará ser responsabilizado por um fato que, segundo ele, ocorreu por falhas estruturais da corporação e não por omissão da equipe. “Ser acusado de algo que eu não tive responsabilidade, não vou me calar diante disso”, concluiu.
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