Deputada Cibele Moura critica aprovação automática na rede pública: “Como é que a gente premia quem não estuda?”
A parlamentar relatou ter sido procurada por mães e alunos da unidade, que demonstraram preocupação com mudanças que podem flexibilizar os critérios

A possibilidade da adoção, no Colégio Militar Tiradentes, do critério de "progressão parcial" no Colégio Militar Tiradentes foi alvo de críticas na sessão desta terça-feira (5), na Assembleia Legislativa.
A deputada Cibele Moura foi uma das que se posicionou contrária à medida que, na prática, significa a aprovação automática dos alunos, de uma série para outra, independente das notas obtidas.
Além de defender a manutenção da exigência de desempenho acadêmico no Colégio Tiradentes, a parlamentar tambémcriticou a política de aprovação automática nas escolas públicas em geral.
Durante o pronunciamento, a parlamentar relatou ter sido procurada por mães e alunos da unidade, que demonstraram preocupação com mudanças que podem flexibilizar os critérios. “O Colégio Militar sempre se destacou por aprovar quem estuda e reprovar quem não atinge a média. Agora querem mudar isso, premiando a mediocridade”, afirmou.
“Premiar quem não estuda é inverter a lógica da educação”, reforçou Cibele, destacando que a prática da progressão parcial ou da aprovação automática compromete a qualidade do ensino e desmotiva o esforço dos estudantes.
“A gente estudava com medo de repetir. Isso é o normal. Estudar, tirar nota boa e, se não conseguir, estudar mais ainda”, declarou.
A deputada criticou o que chamou de “inversão de valores” nas políticas educacionais brasileiras e reforçou que a retenção por baixo desempenho deve ser mantida como instrumento de disciplina e qualidade pedagógica. “Imagina dizer para um adolescente que ele pode passar de ano mesmo sem estudar. Isso é um erro grave”, afirmou.
Cibele também fez um apelo à Secretaria de Estado da Educação para que respeite o modelo de ensino adotado pelo Colégio Tiradentes, que, segundo ela, é procurado justamente por oferecer disciplina e rigor acadêmico. “As famílias escolhem a escola militar porque sabem o que esperar. Há fila de espera, prova para entrar, e isso porque dá resultado. O Estado não pode agora mudar as regras”, disse.
A deputada concluiu sua fala defendendo uma revisão na política de aprovação em toda a rede pública estadual: “Nenhuma escola pública deveria aprovar aluno que não tira nota boa. Os pais que se preocupam com os filhos concordam comigo”.
Últimas notícias

Eduardo Bolsonaro articula nos EUA para evitar sanções após prisão do pai

Cícero Almeida retorna ao rádio e comanda o Forrozão da 96 FM a partir de 18 de agosto

EUA devem rever tarifaço sobre café e carne, avalia Tebet

Homem embriagado e de chinelos viraliza ao completar corrida de 8km

Alcione é exaltada na web após prisão domiciliar de Bolsonaro

Deputada Cibele Moura critica aprovação automática na rede pública: “Como é que a gente premia quem não estuda?”
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
