Economia

Reunião de ajustes no plano contra tarifaço termina sem conclusão

A previsão, segundo interlocutores, é de que o plano de contingência contra o tarifaço deve sair ainda nesta semana, mas sem data definida

Por Metrópoles 11/08/2025 21h09 - Atualizado em 11/08/2025 21h09
Reunião de ajustes no plano contra tarifaço termina sem conclusão
A previsão, segundo interlocutores, é de que o plano de contingência contra o tarifaço deve sair ainda nesta semana, mas sem data definida - Foto: Reprodução

A reunião de ajustes do plano de contingência ao tarifaço de 50% sobre exportações brasileiras terminou, nesta segunda-feira (11), sem conclusão. A conversa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os ministros durou cerca de duas horas.

No momento, os auxiliares do presidente Lula seguem analisando os pontos da proposta e, segundo interlocutores, não há uma data cravada para anunciar as medidas de proteção às empresas nacionais.

O plano de ação do governo federal deve sair ainda nesta semana, mas sem data definida. A ideia do Planalto é fazer uma apresentação bem detalhada de cada item presente na medida provisória (MP).

Tarifaço

O presidente norte-americano, Donald Trump, assinou, em 31 de julho, ordem executiva que oficializou a tarifa de 50% contra os produtos exportados do Brasil para os Estados Unidos.
Na prática, os 50% são a soma de uma alíquota de 10% anunciada em abril, com 40% adicionais.
Apesar disso, o chefe da Casa Branca deixou quase 700 produtos fora da lista de itens afetados pela sobretaxa de 40%. Entre eles, suco de laranja, aeronaves, castanhas, petróleo e minérios de ferro.
Os produtos isentos dessa segunda leva serão afetados apenas com a taxa de 10%.
As tarifas unilaterais entraram em vigor em 6 de agosto.
Segundo relatos, a conversa entre os ministros e o presidente Lula permeou apenas a questão comercial e não abordou temas da esfera política. Também foi destacado que, no momento, o plano de contingência é a prioridade do governo.

Participaram da reunião: o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin (PSB), os ministros Fernando Haddad (Fazenda); Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais); Rui Costa (Casa Civil); Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Jorge Messias (AGU) e o assessor-chefe da presidência da República, Celso Amorim.