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CPMI ouve nesta segunda nome apontado como intermediário do "Careca do INSS"

Colegiado ainda negocia para ouvir o próprio Antônio Carlos Camilo Antunes

Por CNN 22/09/2025 08h08
CPMI ouve nesta segunda nome apontado como intermediário do 'Careca do INSS'
Reunião da CPMI do INSS  - Foto: Pedro França/Ag. Senado

A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) ouve, nesta segunda-feira (22), Rubens Oliveira Costa, apontado como intermediário de Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”.

Requerimentos que pediam a oitiva citam Rubens Oliveira Costa como um operador financeiro do lobista. Segundo apurações da PF (Polícia Federal) no âmbito das apurações sobre fraudes a aposentadorias e pensões, ele também faz parte do quadro societário de empresas do “Careca do INSS”.

A comissão ainda negocia para esta semana a oitiva do próprio Careca do INSS. Apontado como um dos personagens principais do esquema, Antônio Carlos desmarcou o depoimento que aconteceria em 15 de setembro.

A aprovação da convocação de Tânia Carvalho dos Santos, esposa do lobista, abriu espaço para novas negociações. “A esposa dele está convocada. Se ele não vier, ela virá. E se ela não vier eu vou determinar a condução coercitiva”, disse o presidente da CPMI, Carlos Viana (Podemos-MG).

Na última semana, a CPMI ouviu outro nome apontado como sócio de Antonio Carlos Camilo. Milton Salvador de Almeida Júnior afirmou que era apenas prestador de serviços e disse à comissão que teve empresa contratada para prestar serviço de consultoria administrativa e financeira às firmas de Antônio Carlos Camilo Antunes.

Também foi tomado o depoimento do advogado Nelson Wilians, que foi alvo de operação da PF no âmbito de investigações sobre a fraude ao INSS.

A CPMI investiga o esquema bilionário de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões. No total, as entidades responsáveis pelos descontos teriam cobrado valor estimado em R$ 6,3 bilhões, entre os anos de 2019 e 2024. O caso foi revelado em abril após operação da PF e da CGU (Controladoria-Geral da União).