Política

Nikolas afirma que Bolsonaro "pode não ficar vivo" caso seja preso em regime fechado

Deputado mineiro visita o ex-presidente em prisão domiciliar e volta a criticar decisões do ministro Alexandre de Moraes

Por Correio Braziliense 21/11/2025 16h04
Nikolas afirma que Bolsonaro 'pode não ficar vivo' caso seja preso em regime fechado
Nikolas Ferreira após visita a Bolsonaro - Foto: Reprodução YouTube

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) visitou, nesta sexta-feira (21), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar desde setembro. A visita foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após três meses de espera. Ao deixar o local, o parlamentar fez críticas duras ao Judiciário e afirmou temer pela vida do ex-chefe do Executivo caso seja encaminhado ao regime fechado.

Segundo Nikolas, Bolsonaro enfrenta problemas de saúde decorrentes da facada recebida em 2018, como crises de soluço e dificuldades para dormir. O deputado relatou que o ex-presidente, na noite anterior à visita, chegou a descansar no chão ao lado do filho Carlos Bolsonaro (PL-RJ). “A situação está muito difícil. Se for para a cadeia, eu acho que tem dificuldade de permanecer vivo”, declarou. O parlamentar afirmou acreditar que há quem “queira a morte” do ex-presidente, embora tenha evitado citar nomes.

Durante a coletiva, Nikolas voltou a questionar os processos que levaram Bolsonaro à prisão domiciliar, classificando-os como “injustos” e politicamente motivados. Ele criticou o enquadramento dos denunciados pelos atos de 8 de janeiro e questionou as acusações de tentativa de golpe de Estado. “Como que uma pessoa dá um golpe sem estar presente?”, afirmou. Para o deputado, o tratamento dado ao ex-presidente representa, segundo ele, um “desbalanceamento democrático”.

Ao longo da conversa, o parlamentar fez repetidas críticas ao ministro Alexandre de Moraes e à condução dos inquéritos relacionados aos atos antidemocráticos. Ele afirmou enxergar um enfraquecimento das prerrogativas do Congresso e sugeriu que parlamentares e figuras da direita sofrem “perseguição política”. “Nós estamos a passos largos de acabar a democracia”, afirmou.