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Quem é o infiltrado que apanhou após discurso em vigília de Bolsonaro

Ismael Lopes apanhou de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) após se infiltrar e discursar na vigília pela liberdade do ex-presidente

Por Metropóles 24/11/2025 12h12
Quem é o infiltrado que apanhou após discurso em vigília de Bolsonaro
Evangélico Ismael Lopes, 34 anos, se infiltrou em vigília a favor de Bolsonaro - Foto: Reprodução/Instagram

A noite de vigília organizada por Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para pedir a liberdade de Jair Bolsonaro (PL) nesse sábado (22/11) terminou chamando atenção por um personagem improvável. O evangélico Ismael Lopes, 34 anos, desconhecido para a maior parte do público até então, acabou se tornando o centro do episódio mais tenso do ato.

Isamel chegou ao local misturado entre os apoiadores do ex-presidente. Não teve dificuldade para se aproximar do palco improvisado e, em determinado momento, pediu o microfone.

O evangélico afirmou que Bolsonaro deveria ser responsabilizado pelas mortes durante a pandemia de Covid-19 e revoltou os apoiadores. Assim que terminou, tentou deixar o local correndo, mas foi perseguido, empurrado, chutado e teve a manga da camisa rasgada até conseguir proteção da polícia.

O religioso reúne cerca de 66 mil seguidores nas redes sociais e é figura ativa em um movimento evangélico progressista. Ele integra a Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, organização que tem aberto diálogos com o governo federal e que já participou de encontros com a primeira-dama Janja.

Nas redes sociais, irmão Isma, como é conhecido, deixa claro seu posicionamento político. A publicação fixada traz o símbolo comunista do martelo e foice e a frase: “Amor ao próximo só é possível com ódio de classe”.

Em outro post, questiona: “Como é possível amar e coadunar com um sistema que explora o trabalho e rouba a riqueza produzida pela trabalhadora e trabalhador? Por amor ao próximo, não só partiremos o pão, mas tomaremos os meios de produzi-lo.”

Após a repercussão, a Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito se manifestou, deixando claro que a atitude de Ismael não foi coordenada pelo grupo. A organização afirmou que a iniciativa teve “caráter individual e pessoal” e disse estar oferecendo apoio ao pastor diante das agressões que sofreu.