Polícia

Turista é preso após agredir companheira na orla da Ponta Verde, em Maceió

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que equipes do programa Ronda no Bairro realizam a detenção do agressor, ainda no local da ocorrência

Por Wanessa Santos 28/12/2025 09h09 - Atualizado em 28/12/2025 10h10
Turista é preso após agredir companheira na orla da Ponta Verde, em Maceió
Caso ocorreu em via pública, na orla da Ponta Verde, em Maceió - Foto: Reprodução/Vídeo

Um homem foi preso na noite desse sábado (27) após agredir a companheira em plena via pública, na orla de Ponta Verde, em Maceió. O casal, segundo informações de testemunhas, é turista e estaria passando o período de fim de ano na capital alagoana.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que equipes do programa Ronda no Bairro realizam a detenção do agressor, ainda no local da ocorrência, diante de diversas pessoas que presenciaram a situação.

A advogada Júlia Nunes, especialista em casos de violência contra a mulher, relatou que estava passeando pela orla quando foi alertada por populares. “Eu estava na orla passeando quando fui acionada por diversas pessoas. ‘Doutora, doutora, uma mulher vítima de violência’. Eu me dirigi ao local, já estava lá a ronda do bairro, muitos policiais da Ronda, o homem já tinha sido detido e estava dentro do carro tentando ainda sair do local”, afirmou.

Segundo a advogada, havia indícios de consumo de bebida alcoólica. “No volante dele ao lado tinha uma bebida alcoólica, então acredita-se sim que ele estava bebendo e que encontrava-se embriagado no veículo dele”, disse. Ela também destacou que outras forças de segurança foram acionadas para dar suporte à ocorrência.

A vítima chegou a se afastar do local, mas retornou após a situação ser controlada. De acordo com a advogada, mesmo sem a intenção inicial de denunciar, o encaminhamento à delegacia foi obrigatório. “Graças a Deus, a violência contra a mulher quando é física é ação pública, incondicionada à representação. Isso independe da vontade da vítima”, explicou.

Júlia afirmou ainda que fatores como dependência financeira, distância da residência e presença de filhos costumam dificultar denúncias. “Ela não queria denunciar, mas teve que ser conduzida à delegacia, porque caso contrário, a Polícia Militar teria cometido a prevaricação”, declarou.

A advogada ressaltou que o caso ocorreu em um local movimentado, com eventos acontecendo na orla. “Quando chega a apanhar em público, aí é muito mais complicado. Em quatro paredes, obrigatoriamente acontece muito mais coisa”, afirmou, acrescentando que acredita que o episódio tenha relação com o uso de bebida alcoólica.

O homem foi levado à Central de Flagrantes, onde permaneceu detido. O caso segue sob responsabilidade das autoridades policiais.