Aniversário do PT tem críticas ao Banco Central e agradecimento de Lula a José Dirceu
Ex-ministro preso por escândalos estava ao lado do presidente; impeachment de Dilma voltou a ser chamado de golpe

O Partido dos Trabalhadores (PT) promoveu um evento em Brasília nesta segunda-feira (13) em comemoração dos 43 anos de fundação da agremiação. A cerimônia contou com a participação dos principais nomes da sigla e ficou marcada por críticas à independência do Banco Central e ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Outro ponto de destaque da festa foi um agradecimento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presença do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que teve envolvimento em diferentes escândalos em gestões do PT.
Em 2013, ele foi condenado a sete anos e 11 meses de prisão por corrupção ativa por participar do Mensalão. Em 2018, Dirceu foi condenado a 27 anos de prisão pelos crimes de associação criminosa, corrupção ativa e lavagem de dinheiro por condutas ilícitas na Petrobras investigadas pela Operação Lava Jato.
“Quero agradecer a cada um de vocês. Companheiro Zé Dirceu. Queria agradecer a você porque eu sei o quanto você foi solidário ao que eu passei”, disse Lula no evento.
O presidente aproveitou a solenidade para voltar a dizer que o impeachment de Dilma foi um golpe de Estado. “Muitas vezes não conseguimos fazer tudo o que queríamos fazer. Mas é importante a gente não perder de vista que a gente tem que tentar, porque tudo o que fizemos em 13 anos de governo do PT foi destruído em seis anos, depois do golpe e depois do último mandato de quatro anos [do ex-presidente Jair Bolsonaro]”, afirmou Lula.
Presidente nacional do PT, a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) fez um discurso com diversas críticas ao Banco Central. “O Banco Central é uma autarquia do estado brasileiro e que corrobora com a mentira [do mercado financeiro], impondo um arrocho de juros elevados ao Brasil. Isso tem que mudar. Temos um mercado antiquado e atrasado”, disse.
“Temos que parar de ter medo de debater política econômica, seja ela monetária, fiscal ou cambial, e tentar nos acomodar àqueles que querem assim ou pensam assim. Não há acomodação possível diante de 33 milhões que passam fome, tantas famílias destruídas pelo desemprego”, acrescentou Gleisi.
Segundo a deputada, “está na hora de enfrentar esse discurso do mercadocrata, dos ricos desse país, de que temos risco fiscal”. “Qual risco? De não pagar a dívida? Mentira. Nossa dívida é toda em reais, numa proporção razoável do PIB. Ainda temos reservas internacionais deixadas pelo PT. Eles mentem.”
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