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Nem conseguia acreditar como saí vivo, diz único sobrevivente de acidente na Índia

Caixa-preta da aeronave que caiu em Ahmedabad nesta quinta é encontrada; polícia fala em 265 mortos

Por Folha de São Paulo 13/06/2025 14h02
Nem conseguia acreditar como saí vivo, diz único sobrevivente de acidente na Índia
Sobrevivente de queda de avião na Índia, Vishwash Kumar Ramesh, um britânico-indiano que mora em Londres e estava em Ahmedabad visitando a família - Foto: Reprodução

O único sobrevivente das 242 pessoas a bordo do avião da Air India com destino a Londres que caiu na cidade Ahmedabad nesta quinta-feira (12) afirmou nesta sexta-feira (13) que não consegue explicar como escapou com vida.

"Tudo aconteceu na minha frente, e nem eu conseguia acreditar como consegui sair vivo de lá", declarou Vishwash Kumar Ramesh, 40, em hindi, do leito de um hospital, à emissora britânica DD News.

O Boeing 787-8 Dreamliner da companhia aérea indiana, que estava carregado com combustível ao decolar para Londres, explodiu como uma bola de fogo na tarde de quinta-feira, ao perder altitude nos primeiros metros após a decolagem e cair em área residencial.

Ramesh, que supostamente estava no assento 11A, foi o único ocupante do avião que sobreviveu. Investigadores encontraram nesta sexta-feira (13) uma caixa-preta no local onde um avião de passageiros com destino a Londres caiu, na cidade indiana de Ahmedabad, deixando pelo menos 265 mortos, incluindo vítimas no solo.

Seu irmão também estava no mesmo voo, informou sua família à imprensa no Reino Unido.

"Um minuto após a decolagem senti como se algo tivesse travado. Percebi que algo tinha acontecido e, de repente, as luzes verde e branca do avião se acenderam", contou Ramesh. "Depois disso, o avião pareceu acelerar, indo direto para o que acabou sendo uma residência. Vi tudo com meus próprios olhos".

"No início, eu também pensei que estava prestes a morrer, mas depois abri os olhos e percebi que ainda estava vivo", disse. "Vi os comissários de bordo, homens e mulheres à minha frente", afirmou, com a voz embargada pela emoção. "Desapertei o cinto de segurança e tentei me salvar, e consegui".

"Acho que o lado em que eu estava não dava para a residência. Era mais perto do chão e também havia espaço", disse. "Quando a porta quebrou, vi esse espaço e pensei que poderia tentar passar por ele".