Diário do Sertão
Mistério no Sertão: quem matou genro de Lula Cabeleira em Delmiro Gouveia ?
Sete anos se passaram e até hoje a polícia de Alagoas não esclareceu um dos homicídios de maior repercussão no Sertão do Estado.
A morte, em via pública, do empresário Rodrigo Alapenha Cardoso Silvestre, genro do ex-prefeito Luiz Carlos Costa, o "Lula Cabeleira", de Delmiro Gouveia. Alapenha, cunhado da atual prefeita de Delmiro, Ziane Costa (MDB), foi executado com diversos tiros na tarde do dia 11 de agosto de 2017, na Avenida Antônio José da Costa, que fica no Loteamento Rosa de Saron, no bairro Novo, em Delmiro. A vítima conduzia uma caminhonete, que foi atingida por, pelo menos, trinta disparos de arma de fogo.
Pessoas que passavam pelo local no momento do atentado revelaram para à Polícia Civil que um carro de passeio se aproximou em alta velocidade do veículo em que o empresário estava e homens desconhecidos deflagraram os tiros na vítima, que não teve como se defender. Havia expectativa de câmeras de segurança, instaladas em estabelecimentos comerciais e residências próximas, pudessem flagrar a execução, mas, após todos estes anos, nenhum suspeito foi apresentado como sendo responsável pela morte. A polícia suspeitava que os criminosos usaram um Corolla de cor branca, cuja placa nunca foi divulgada.
Alapenha era natural de Garanhuns, no Agreste de Pernambuco e era casado com a também empresária Emilene Ferreira, a "Mila", filha de "Lula Cabeleira". Alapenha tinha empresas de peças automotivas, de locações e terraplanagem, em municípios sertanejos de Alagoas e Pernambuco.
Além do mistério do crime, um outro se destaca. Diversos delegados investigaram o assassinato do empresário e nenhum deles concluiu o inquérito.
Os primeiros que investigaram foram os delegados Rodrigo Rocha Cavalcanti, que até hoje é o delegado Regional de Delmiro Gouveia e, Mário Jorge Barros, que naquele ano era gerente da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic).
Em março de 2018, um ano depois do crime, policiais da Deic prenderam dois homens suspeitos, entre eles o soldado da Polícia Militar de Alagoas José Aritano Souza da Mata, que era lotado na Companhia de Operações Policiais Especiais do Sertão (Copes-Caatinga). Posteriormente os suspeitos foram libertados por falta de provas que ligassem a dupla ao assassinato.
Também investigaram o crime os delegados Cícero Lima, então gerente de Polícia Judiciária da Região 4 e Fábio Costa, que hoje é deputado federal.
Também investigaram o mesmo crime o delegado Valter Fontes Cunha, que respondia pelos distritos policiais de Inhapi e Mata Grande, também no Sertão, que estava de plantão no dia da morte de Alapenha e o o delegado Guilherme Iusten. A exemplos dos demais delegados, Valter Fontes e Guilherme também não concluíram as investigações.