E as rusgas políticas em Estrela de Alagoas, cidade do Agreste do Estado, entre os Garrotes e agora, os Wanderley, estão ainda mais expostas. São feridas em estágio avançado sob a ameaça de gangrena.

E a posse do prefeito eleito Roberto Wanderley (MDB), na manhã da quarta-feira (1º), comprovam isso e muito mais. Roberto venceu com 5.538 votos o candidato Arlindo Garrote (PP), que obteve 4.057 votos. Na missa na matriz da cidade e na posse, no lotado plenário da Casa Adalberon Duarte, na Câmara de Vereadores, a presença ostensiva do reforço policial e familiares dos Wanderleys foi o primeiro sinal. Na sequência, o discurso do novo prefeito, que falou que por várias vezes foi alertado para 'tomar cuidado' a partir de agora e que sua avançada idade se torna um 'ingrediente' a mais para situações adversas comprovaram o que todos já falavam em locais sem testemunhas. É bom lembrar que Estrela é um dos poucos municípios brasileiros onde a transição entre quem saiu e quem entra, não aconteceu até o momento, mesmo sendo uma imposição da Justiça.

No xadrez político os Wanderley elegeram o prefeito de Cacimbinhas, município vizinho de Estrela. E precisavam disso. Em Cacimbinhas o eleito foi Vaval Wanderley, filho do prefeito eleito de Estrela, que já comandou por mais de uma vez a vizinha Cacimbinhas.

Município com 18.435 habitantes, conforme Censo do IBGE, Estrela tem antecedentes para qualquer um ficar temeroso. Com 33 anos de emancipação, o município, reduto eleitoral da deputada Angela Garrote e sua família, é um dos muitos no Brasil onde um pouco de tudo não funciona para o bem da população.

Agora, virando a página, os Wanderley terão a missão de resgatar a auto estima dos estrelenses, ofertando a eles o que um governo pode - e deve - fazer para o bem de uma população.