Polícia

Sinteal repudia ataque a tiros contra escola indígena em Palmeira dos Índios

Sindicato cobra investigação rigorosa e punição aos responsáveis pelo ataque à Escola Estadual Indígena Pajé Miguel Selestino

Por 7Segundos 10/11/2025 18h06 - Atualizado em 10/11/2025 18h06
Sinteal repudia ataque a tiros contra escola indígena em Palmeira dos Índios
Sinteal se solidariza com o povo Xukuru-Kariri e pede apuração rigorosa após ataque a tiros em escola indígena - Foto: Reprodução

O Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal) divulgou uma nota de repúdio nesta segunda-feira (10) após o ataque a tiros contra a Escola Estadual Indígena Pajé Miguel Selestino, localizada no território Xukuru-Kariri, em Palmeira dos Índios.

Na nota, o sindicato classificou o ato como covarde e destacou que a comunidade indígena tem vivido um ambiente de intimidação e disseminação de informações distorcidas. Segundo o texto, grupos contrários à homologação da demarcação das terras Xukuru-Kariri têm agido de forma criminosa, causando medo e insegurança entre os moradores.

O Sinteal também cobrou das autoridades uma investigação rigorosa e punição exemplar aos responsáveis pelo ataque. “Atacar uma escola com tiros rompe com todo e qualquer respeito à comunidade. O povo Xukuru-Kariri merece respeito, e essas ações criminosas precisam ser punidas para que a paz seja restabelecida”, diz o documento.

O caso aconteceu na madrugada de hoje, quando disparos de arma de fogo atingiram o prédio da escola. Ninguém ficou ferido.

Leia a nota na íntegra 

O Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas vem a público manifestar repúdio ao covarde ataque sofrido pela Escola Estadual Indígena Pajé Miguel Selestino, em Palmeira dos Índios, na madrugada deste domingo para segunda-feira, 10 de novembro.

A unidade escolar fica localizada dentro do território Xukuru-Kariri, e atende estudantes daquela etnia, que vive atualmente um ambiente de intimidação e disseminação de informações distorcidas. Grupos mal intencionados que tem atuado criminosamente para impedir a homologação da demarcação das terras daquele povo tem transformado a vida da população, e principalmente dos povos tradicionais, em um verdadeiro horror.

Atacar uma escola com tiros amplia ainda mais a dimensão desse problema, rompendo com todo e qualquer respeito à comunidade. Não admitiremos que esse espaço seja invadido ou maculado por criminosos que não tem compromisso nenhum com a vida, com a humanidade, com a justiça e com a história do nosso país. O povo Xukuru-Kariri merece respeito, e que essas ações criminosas sejam devidamente investigadas e punidas de forma exemplar. Para que a paz seja reestabelecida o mais breve possível.