Roberto Ventura
O caos continua na delegacia regional de União dos Palmares
Por reiteradas vezes denunciei o caos em que se encontra a delegacia regional de União dos Palmares. A superlotação no único xadrez daquela regional tem causado transtorno aos presos e aos policiais.
A capacidade da cela é de oito detentos, mas hoje, 25 presos se amontoam em condições subumanas, sem o mínimo espaço para locomoção.
Os agentes deixam de realizar sua atividade fim quem é de investigar crimes para servirem de carcereiros. A ameaça de fuga em massa tem sido uma constante devido à superlotação e os motins acontecem quase que diariamente.
No caso de fuga - mesmo sem ter a função da guarda de presos -, os policiais têm que prestar contas à Corregedoria de Polícia, onde lá tudo pode acontecer. Para evitar problemas com presos e com a própria Corregedoria, os agentes têm procurado cidades onde não haja carceragem, pois, só assim, eles evitam encarar a Justiça e fogem da investigação e possível punição da Corregedoria.
Nem mesmo a portaria do juiz Ygor Vieira de Figueiredo, então titular da vara criminal de União, determinando a interdição da delegacia regional e consequentemente proibindo a permanecia de presos em suas dependências, como também a portaria de número 001/2014, de 26 de fevereiro de 2014, assinada pelo delegado regional Isaias Rodrigues, foram suficientes para que o governo do Estado, através da Secretaria de Defesa Social e a direção geral da Polícia Civil cumprissem tais determinações.
Ainda de acordo com a determinação do delegado regional, o descumprimento dessa portaria seria alvo de procedimento administrativo disciplinar aos delegados, chefes de operações policiais e chefes de cartório que trabalham no plantão da delegacia, mas, mesmo assim, o absurdo continua e não por culpa dos profissionais que ali trabalham, e sim, pela inoperância e complacência do governo do Estado.
Os delegados nada podem fazer, haja vista, que precisam de determinação da Justiça para remover os apenados da delegacia, mas mesmo sendo autorizados, quando os policiais chegam não há vagas e os apenados são trazidos de volta a regional.
Ontem, por volta das 20h, por pouco não houve um assassinato dentro do xadrez. O trabalhador rural Marciano Antônio da Silva, 27 anos, residente na cidade de Murici, que está preso por ter ateado fogo na casa de sua companheira, - o que expôs a perigo o patrimônio da vítima -, estava sendo espancado pelos detentos e, no momento em que era colocado um lençol em volta de seu pescoço para enforcá-lo. Os agentes da equipe do delegado Igor Diego Vilela, titular da distrital de São José da Laje e de Ibateguara, de plantão naquela regional, perceberam a ação dos detentos e adentraram na cela impedindo assim, que fosse consumado o assassinato, houve resistência por parte dos presos, mas, mesmo assim, os agentes conseguiram evitar o crime.
Necessário se faz a urgente intervenção do Poder Judiciário para que o governo do Estado remova o quanto antes, os encarcerados para algum presídio alagoano, porque a situação está insustentável e a regional tem sido um constante barril de pólvoras onde estão expostos presos, população e os policias os quais são os responsáveis pela guarda dos detentos, mesmo sem serem habilitados para isso.
Por Roberto Ventura
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