Não tem jeito. Alagoas sempre está no topo ou entre os primeiros estados brasileiros no que pior acontece no Brasil.

Entre os anos de 2012 e 2013, Alagoas aumentou em mais de 60 mil o número de pessoas que vivem na miséria absoluta, ou seja, abaixo da linha de pobreza extrema.

Doloroso! Vergonhoso!

Os tristes dados brasileiros são do IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada com base em dados estatísticos do PNAD (Programa Nacional por Amostra de Domicílios – do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Em 2013, o Brasil tinha 10,4 milhões de pessoas com renda per capita inferior à linha extrema de pobreza. Em 2012, eram 10,08 milhões de pessoas nestas condições. O aumento foi de 3,6%. Isso significa que 371.158 brasileiros passaram a viver abaixo da linha de pobreza, distribuídos nos estados do país.

Para calcular a condição de miséria, o IPEA estima o preço de uma cesta de alimentos que contenha o mínimo de calorias necessárias para suprir uma pessoa - o que equivale a cerca de 70 reais por dia.

O estado de São Paulo, mais populoso do Brasil, é o terceiro no país que mais teve aumento no número de pessoas miseráveis. Por lá, mais de 219 mil pessoas estão na estatística de pobreza extrema. Ao todo são 1.046.135 pessoas nesta situação.

Proporcionalmente, Alagoas é o segundo estado que mais abriga miseráveis. Por aqui, o número de pessoas na extrema pobreza subiu 60,2 mil.

Pasmem! Esse dado revela que 12,3% dos habitantes do estado estão abaixo da linha de pobreza extrema. Somos o segundo pior estado com essa população em números absolutos.

Em 2012, havia 347.171 pessoas abaixo da linha de extrema pobreza. Em 2013 esse número de pessoas cresceu para 407.394. Foram absolutamente 60.223 pessoas que passaram a viver pior.

O tripé do subdesenvolvimento continua amarrado nos estados de Alagoas, Maranhão e Piauí. Nem irei falar nas representações políticas que esses estados têm. Você, caro leitor, deve saber também, principalmente Alagoas e Maranhão.

O Maranhão, por sinal, está no primeirinho da fila com 1.174.693 pessoas abaixo da linha de pobreza extrema. São 17% da população do estado. Meu Deus do céu, que vergonha.

O Piauí tem 290.638 pessoas na pobreza extrema. São pouco mais de 9% da população do estado.

Essa é a realidade brasileira e dos estados nordestinos. Fico até pensando se, na verdade, são os miseráveis alagoanos ou os alagoanos miseráveis?

Bom, pensando bem, o que me resta é parar por aqui e deixar que você, leitor, reflita sobre isso.

Os miseráveis alagoanos!