Os dias de janeiro de 2015 estão contados para o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, preso na Indonésia por tráfico de drogas.

O país asiático negou o último recurso de clemência e aplicará a pena de morte ao brasileiro. Ele morrerá até o final deste mês.

É o que impõe a pena de morte aplicada na Indonésia aos que entram naquele país com entorpecentes para a venda. Além de o tráfico ser proibido leva à morte.

O segundo e último pedido de clemência presidencial foi negado pelo presidente da Indonésia Joko Widodo. Em 2006 o presidente havia negado o primeiro pedido do brasileiro Marco Archer.

Os dois pedidos de clemência presidencial são feitos após todos os recursos à Justiça terem se esgotados.

Lá eles levam tão a sério que há uns cinco indonésios também na lista e na fila para morrer assim como o brasileiro e pelos mesmos motivos.

Oficialmente o governo brasileiro ainda não recebeu o comunicado da execução do brasileiro.

Antes da negação da segunda clemência, em 31 de dezembro de 2014, a presidente Dilma Rousseff havia solicitado ao presidente indonésio a não execução.

Depois de todas as chances terem sido esgotadas resta ainda a pressão política por parte do Brasil.

Mas na Indonésia, que é o maior país muçulmano do mundo, tem a maioria da população a favor da pena de morte ou pena capital como também é chamada.

Se, de fato, a pena de morte for cumprida. Marco Archer, 53 anos, será o primeiro ocidental e brasileiro executado na Indonésia.

Ele foi preso em 2003 com 13,4 kg de cocaína escondidos em tubos de asa delta.

Nos últimos 14 anos, 27 pessoas foram mortas lá por pena de morte. A maioria cidadãos indonésios.

Há outro brasileiro do Paraná preso na mesma prisão em que Marco está. O pedido de clemência de Rodrigo Gularte ainda não foi julgado.

Como seria aqui no Brasil, entre nós, se o mesmo valesse para o crime de tráfico de drogas?

Certamente não teríamos apenas um à espera da morte, mas milhares.

Ao contrário do brasileiro Marco Archer que está com os dias contados para ser executado na Indonésia.

Há um brasileiro à espera da morte.