Como se não bastasse o arrocho salarial e econômico, o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT) começou de forma sufocante.

Aumento da conta de energia elétrica e em dobro. A crise nas elétricas que já causou apagão em oito estados. Sem falar no racionamento de água no Sudeste e que deve acontecer no Nordeste também.

Sem falar na crise da água. Já sabemos como funciona. A população do Sudeste está sentindo na pele o sufoco que já conhecemos.

A presidente determinou o aumento de todos os impostos para poder arrecadar cerca de R$ 9 bilhões. É praticamente insustentável. O que fazer?

FPM

Diante deste nefasto cenário econômico nem se fala mais da crise do FPM – Fundo de Participação dos Municípios, que os prefeitos tanto reclamaram. Será que não reclamaram de barriga cheia? Perguntar não ofende. É o que se espera.

A dinheirama dos cofres públicos é muita e não faltará para eles. O que se viu foram demissões em massa nas prefeituras afora.

Salários

O salário mínimo subiu de R$ 724 para R$ 788, um aumento de R$ 64,00. O salário dos políticos subiu ainda mais.

O teto dos ministros do STF – Supremo Tribunal Federal passou dos R$ 26.723 mil para R$ 30.935. Os deputados não ficaram pra trás. Os suplentes que assumiram e ainda não trabalharam já receberam cerca de R$ 26 mil.

Os deputados federais dos estados já embolsaram cerca de R$ 33 mil para pagar hospedagem em Brasília. Como se lá não tivessem os apartamentos funcionais para abrigá-los. Mas, eles não querem porque acham que os apartamentos são velhos. São enormes.

Gestão

Nos municípios, a crise além de ser financeira é de gestão também. É o que estamos vivenciando aqui em Arapiraca.

A prefeita Célia Rocha (PTB) sentiu o desconforto da falta de ação de parte do seu secretariado e a reclamação generalizada da população que tomou uma decisão inédita: exonerou todos os secretários.

Começou com os secretários de Gestão de Pessoas, Educação e Saúde. Em seguida, exonerou os secretários de Finanças e de Assistência Social. Esta última, ocupada pelo seu filho Daniel Rocha.

Coragem para mudar o quadro administrativo foi preciso ter. Senão, a situação poderia se agravar ainda mais na segunda maior cidade de Alagoas em termos populacional e econômico.

Medidas severas devem ser tomadas em meio a crises. Que agora, essas secretarias sejam ocupadas por pessoas decisivas e que tenham determinação para fazer o que precisa ser feito.

É bem melhor que isso aconteça para reerguer a situação de Arapiraca do que o que vimos em outros municípios de Alagoas.

A exemplo da corrupção na prefeitura e na Câmara do município de Joaquim Gomes, em que oito vereadores e o prefeito foram afastados.

A matéria foi novamente destaque no Fantástico, da Rede Globo, no último domingo (18).

Então, que possamos ter mudanças agora para renovar a gestão e fazer com que a cidade de Arapiraca desponte no cenário econômico, social e político como merece ser.

Mas, por enquanto estamos numa crise generalizada e com precedentes.