Mozart Luna

Mozart Luna

Mozart Luna

Alagoas perde R$ 280 milhões devido a falta de apoio a cultura do fumo

13/04/2015 07h07
Alagoas perde R$ 280 milhões devido a falta de apoio a cultura do fumo

 
Segundo o presidente da Cooperativa Agro industrial de Arapiraca (Capial ) Francisco de Souza Irmão (Chico da Capial), o estado de Alagoas perde todos os anos cerca de R$ 280 milhões, com a falta apoio a cultura do fumo no Agreste de Alagoas. Segundo ele o município produzia na década de 80 cerca de 30 milhões de toneladas de fumo, em folha e 30 milhões de toneladas em corda, que eram colhidos em 40 mil hectares plantados . Mais de 100 mil famílias da região Agreste estavam envolvidas diretamente com toda cadeia produtiva do fumo. Hoje cerca de mil famílias vivem da cultura do fumo.

Cada hectares de fumo gerava 2,5 empregos e rendia R$ 5,30, segundo Chico da Capial, afirmando que não há atividade agrícola em Alagoas, que seja tão rentável como o plantio de fumo. “No setor comercial e de beneficiamento do fumo se gerava mais empregos e renda. Havia 14 grandes empresas atuando nestas áreas. Hoje são apenas 3”, lamenta ele. O tema será pauta de uma grande reunião com produtores rurais e representantes de cooperativas agrícolas. Está prevista a presença de representantes do governo do estado e da bancada federal.


Reunião
A reunião com os produtores de fumo está agendada para amanhã, às 10 horas no clube dos fumilcultores em Arapiraca. Segundo o presidente da Capial, Francisco de Souza Irmão, a reunião pretende elaborar um documento, para ser entregue ao governador Renan Filho e ao coordenador da bancada federal, Ronaldo Lessa, solicitando a abertura de crédito para financiamento no Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.


Reunião 2


O presidente da Capial disse que já conversou com o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros e o senador Fernando Collor e pediu apoio para que intercedam junto a presidência do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, para liberação de crédito para cultura fumageira. Chico da Capial reclama também da burocracia para financiamento de outras culturas agrícolas.


Fora do tempo

Segundo Chico da Capia, o processo burocrático para se obter crédito nos bancos do Brasil e Caixa Econômica são tão demorados, que quando o dinheiro sai, já passou o tempo do plantio. O representante dos pequenos produtores rurais disse que os gerentes desses bancos, não se preocupam em dar agilidade aos empréstimos de crédito agrícola. Ele cobra um melhor tratamento dos produtores por parte nestas instituições financeiras.


Fumo gera empregos


O presidente da Cooperativa Agropecuária e Industrial de Arapiraca (Capial) Francisco Souza Irmão, Chico da Capial, acredita que o crescimento da violência, principalmente no Agreste é conseqüência a falta de uma política voltada para fixar o homem no campo. Esse fato tem gerado o êxodo rural para os centros urbanos. Chico da Capial aponta o fim do incentivo a cultura fumageira, no Agreste como um dos principais fatores.


Fuga do campo
Na década de 80 cerca de 70% da população arapiraquense vivia na zona rural, em pequenas propriedades onde toda família trabalhava na roça ajudando no plantio do fumo. Devido a falta de financiamento a cultura fumageira, os pequenos produtores faliram e venderam, ou arrendaram suas terras aos grandes criadores de gado e foram morar na zona urbana.


Fuga do campo 2


Os filhos dos agricultores participavam de todo processo de produção agrícola, trabalhando na roça de milho, feijão e fumo da família. Com a nova legislação trabalhista e intensa fiscalização do Ministério do Trabalho proibindo que os adolescentes ajudem aos pais na roça, o que gerou uma legião de ociosos, já que não existem escolas em tempo integral em grande número, para ocupar esses jovens. Nas cidades muitos terminam indo ingressando na marginalidade.


Só Alagoas sofreu


Chico da Capial disse ainda que a falta de financiamento do fumo atingiu apenas o estado de Alagoas, porque no Paraná e na Bahia, as linhas de créditos para quem deseja plantar fumo continuam. “Hoje os pequenos produtores que ainda insistem em plantar fumo estão nas mãos dos agiotas que cobram entre 5 e 10% de juros ao mês”, declarou ele.


Superávit
A balança comercial do Rio Grande Sul em 2014 teve um superávit de 15% graças à cultura do fumo, que naquele estado conta com todo apoio do governo do estado e das instituições financeiras, além de assistência técnica no campo. Todo fumo produzido no Rio Grande do Sul é exportado sendo vendido em dólar, o que dá um grande lucro para os produtores que estão organizados em cooperativas fortes, que defende a cultura fumageira, como grande geradora de emprego e renda no estado.
Arapiraca

Faltando poucos dias para o fim do prazo para pagamento do IPTU 2015 em cota única e com desconto de 20%, a Prefeitura de Arapiraca, através da Secretaria Municipal de Finanças e o Grupo de Tecnologia da Informação (GTINFO), lançou uma nova ferramenta para visualização de dados sobre a arrecadação municipal. Agora, a cidadão arapiraquense poderá conferir os percentuais de valor pago de sua rua e da cidade, além do percentual de descontos e de imóveis quitados.

Sobre o blog

Jornalista 

Arquivos