Fábio Lopes
O ladrão e os jornalistas
As redes sociais servem para debater assuntos dos mais diversos, porém muitos de seus membros não sabem lidar com o valor real da comunicação entre eles.
Nem mesmo os jornalistas. Opinião é individual e pode ser coletiva também desde que todos concordem com o assunto. Quando se discordam, é necessário compreender que cada um pensa do jeito que bem lhe entender e convier.
Entretanto argumentos devem existir, evidentemente, para dar consistência à opinião.
Pois bem, um fato inusitado aconteceu em um grupo de jornalistas na rede social Whatsapp. Aqui, por respeito a todos e por questões éticas, não citarei o nome das personagens, nem do grupo que já foi extinto pela segunda vez.
Uma personagem citou uma situação que aconteceu em São Paulo de que um ladrão de mansões havia sido preso e disse: “Eu roubo menos do que a Dilma”.
A personagem rebateu: “Só faltava essa”. Faltava mesmo.
Aí eu como dou minha opinião, afirmei: “Ele [o ladrão] tem razão. A Dilma acabou com o sistema elétrico do país e estamos pagando caro por isso”.
Foi o suficiente para outros jornalistas que defendem a Dilma e o PT se assanharem e a rebater.
Mas, o que falei é uma verdade. Nos quatro anos do primeiro governo, a Dilma presidente bagunçou tudo. Aí, depois das eleições que a elegeram novamente vieram à tona as verdades que o Brasil precisaria conhecer.
O escândalo da corrupção na Petrobras. O mensalão que acontecera antes com prisões e tudo mais graças à Polícia Federal. O fiasco do Ministério de Minas e Energia que abriu a crise das elétricas e nós consumidores estamos pagando caríssimo por isso. O rombo é de R$ 17 bilhões e o aumento da energia elétrica vai continuar.
E por aí vai. A instabilidade da economia. O aumento de verba para o fundo partidário é outra jogada absurda da senhora Dilma Rousseff para beneficiar os partidos, sobretudo o PT. Uma situação gravíssima.
E então? O ladrão de mansões tinha razão ou não? Evidentemente que ladrão não tem razão coisa nenhuma. Tem que ir pra cadeia. Ele já está lá. E os ladrões de cá?
Pelo menos os envolvidos até agora na operação Lava Jato da PF estão presos na superintendência em Curitiba, no Paraná. E outros ainda irão pra lá. Tomara que sim.
E como ficaram os jornalistas do grupo que acabou. Eles se desentenderam e a mediadora, com equilíbrio, desfez mais uma vez o perfil do Whatsapp.
Minha opinião, para deixar bem claro, não é pessoal com quem quer que seja. É apenas a minha opinião que gera conflito e dissabores. Aí me lembrei de uma jornalista que disse: “Cuidado com os desafetos”.
Ora, ter desafetos por falar a verdade é uma honra. Permanecerei falando a verdade e sem me importar se agrado ou não. Agradar a todos não pode fazer parte de quem tem opinião ou crítica a fazer.
Essa é uma verdade.
Recentemente li uma frase, que não lembro agora o autor, que diz assim: “Preciso fazer novos inimigos porque os antigos já estão virando meus amigos”. Eu, sinceramente, achei isso de uma tremenda sabedoria.
A lição está dada. Resta saber quem, de fato, vai aprender com "O ladrão e os jornalistas".
Sobre o blog
Jornalista formado pela Universidade Católica de Pernambuco. Assessor de comunicação da SMTT Arapiraca, professor de Comunicação e Expressão do Senac Arapiraca. Blogueiro com experiência em TV, Rádio, Impresso, Online e Assessoria de Comunicação nos Estados de AL, PE e MA.
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