Fábio Lopes
Assédio moral: um crime contra o cidadão
É cada vez mais comum o assédio moral no ambiente de trabalho. Este crime contra o cidadão que provoca situação humilhante e desrespeitosa começou a ser divulgado pela imprensa desde os anos 2000.
De lá pra cá a situação melhorou um pouco, mas empresas e repartições públicas permanecem a presenciar esta prática de pessoas arrogantes ou até mesmo subservientes que têm que seguir ordens.
Para esclarecer essa situação de assédio moral, a psicóloga Aline Nogueira, do Centro de Referência do Trabalhador (Cerest), da Secretaria Municipal de Saúde, da Prefeitura de Arapiraca, vai realizar palestra no auditório da SMTT nesta quinta-feira (07), às 11 horas da manhã. A palestra é aberta ao público.
Vejamos alguns exemplos de assédio moral que vêm ocorrendo em empresas de Arapiraca.
Nesses últimos dias funcionários da empresa AeC de telemarketing, também chamada de Call Center, fizeram denúncias anônimas contra a companhia sobre assédio moral.
O caso foi denunciado na Câmara Municipal de Arapiraca e no programa Canal 96, apresentado pelo radialista Jairo Campos, da Rádio 96 FM.
Uma ouvinte ligou, irei preservar o nome da funcionária para evitar retaliação ou situação parecida, reclamando que bate o ponto às 8 horas da manhã e a empresa só registra às 9h30, isto é, uma hora e meia depois. Somada essas horas a empresa desconta o valor no contracheque do colaborador.
Além de assédio moral, eu, particularmente, considero isso um furto ao empregado, uma vez que são descontados em média cerca de R$ 300,00 do seu salário.
Como também a pressão para atingir a meta diária determinada pela empresa, assim como acontecem com os bancos para que os funcionários vendam os serviços administrativos ou de empréstimos para os clientes. Isso é assédio moral que causa estresse, constrangimento se não atingir o objetivo e por aí vai.
Na manhã desta quarta-feira (6) um ouvinte também ligou para o programa Show de Notícias, apresentado pelo veterano radialista Ives Cavalcante, também da 96 FM, reclamando que foi maltratado por um subsecretário da Prefeitura de Arapiraca.
Ora, assim como tem o decreto-lei nº 2848/40 que em seu artigo 331 do Código Penal defende o funcionário público caso o cidadão o desacate e que poderá ser preso e se condenado pegar detenção de seis meses a dois anos ou multa, o mesmo pode acontecer com o servidor público por crime de injúria a favor do cidadão. É ou não é assédio moral. Claro que sim.
Recebi uma mensagem na rede social Whatsapp que também tem acontecido assédio moral e, pasmem, sexual, na empresa Carajás, loja de departamentos de grande porte na cidade.
Um grupo de funcionários denuncia gerentes da empresa e que os colaboradores nada fazem por temerem perder o emprego.
Vou ser sincero: eu perderia e denunciaria.
O grande líder norte-americano Martin Luther King, negro e evangélico, dizia que “o que mais o incomodava era o silêncio dos bons”. Ele tinha e tem toda a razão. Se os bons se calam dão voz, ativa e alta, aos que são maus. É uma grande verdade.
Então cabe ao Ministério Público do Trabalho investigar, fiscalizara e punir situações como estas nas empresas. A ser verdade que entre em ação a favor do trabalhador, do cidadão.
Assim como eu publico aqui o que ouvi e o que li darei o mesmo espaço de resposta a quem quer que seja para esclarecer tais fatos. Verdadeiros ou não.
O que não podemos admitir é que nós cidadãos trabalhemos de forma humilhante e estressante.
Assédio moral: um crime contra o cidadão e que deve ser combatido, veementemente.
Sobre o blog
Jornalista formado pela Universidade Católica de Pernambuco. Assessor de comunicação da SMTT Arapiraca, professor de Comunicação e Expressão do Senac Arapiraca. Blogueiro com experiência em TV, Rádio, Impresso, Online e Assessoria de Comunicação nos Estados de AL, PE e MA.