O maior país evangélico do mundo legaliza o casamento gay ou homoafetivo dois dias antes do Dia Internacional do Orgulho Gay, celebrado neste domingo, 28 de junho, em todo o mundo.

A decisão do da Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu, nesta sexta-feira (26), por cinco votos a favor e quatro contra, que a Constituição americana ampara gays e lésbicas para poder realizar matrimônio.

A decisão é histórica porque a mais alta instância da Justiça norte-americana elimina o poder dos estados americanos de proibir as uniões entre homossexuais.

Em 2013 o Brasil reconheceu a união estável entre casais homossexuais por meio do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Mesmo sendo ainda um país conservador, por aqui a discussão foi em retirar o termo Ideologia de Gênero, que nunca existiu, dos planos educacionais, levado arduamente por parte de evangélicos conservadores, que querem ser mais iguais do que os iguais.

Enquanto isso, a luta pelos direitos iguais tomou uma proporção devastadora com a decisão dos Estados Unidos.

Uma “onda” de casamentos se espalhou pelos estados americanos e o exemplo mais extraordinário veio de um dos estados mais conversadores da América do Norte, a exemplo do Texas.

Foi lá na terceira maior cidade do estado, em Dallas, que um casal ou par como alguns acham o termo mais adequado, que George Harris, de 82, e Jack Evans, de 85 anos, juntos há 55 anos, se casaram. Eles se transformaram no primeiro casal homossexual legalmente casado em Dallas.

E assim aconteceram outros casamentos nos demais estados americanos, inclusive naqueles em que eram contrários a ideia e resistiram ao longo dos tempos.

Essa foto de dois homens com seus oitenta e poucos anos demonstra que não existe modismo da homossexualidade, assim como declarou o deputado e dito pastor Feliciano.

Modismo é algo passageiro. E estes senhores mostraram, em vida, que o amor deles não é nada passageiro, mas vivido com amor e orgulho ao longo dos anos.

Histórico

A luta pelo respeito e pelos direitos iguais aos heterossexuais aconteceu, legalmente, em 1969, ou seja há 46 anos, quando um grupo de homossexuais enfrentaram oficiais da polícia de Nova York dentro de bares. O episódio ficou conhecido como a Rebelião de Stonewall. A partir daí teve início o movimento do orgulho gay.

Essa luta refletiu um raio de luz pelo mundo afora. E desde esse tempo que os homossexuais lutam por seus direitos. Direito de ser respeitado e de respeitar evidentemente.

Direito de ver livremente como qualquer outro ser humano que tem obrigações com impostos e de tornar o mundo cada vez melhor.

Os Estados Unidos deram um passo importante para o respeito homoafetivo ser compreendido por todos, mesmo que ainda não aceito.

Em vez de preconceito, que orgulho seja a palavra da humanidade em todas as lutas para ser livre e feliz.

Felicidades aos recém-casados!