Fábio Lopes

Fábio Lopes

Fábio Lopes

Por essa Collor não esperava!

14/07/2015 16h04


Terça-feira, 14 de julho de 2015.

O dia em que o senador e ex-presidente da República, Fernando Collor de Mello (PTB-AL), teve medo. O mesmo sentimento que tem o cidadão comum, sem foro privilegiado.

Teve medo e foi surpreendido pela Polícia Federal (PF) na terceira etapa da Operação Laja Jato: busca e apreensão nos imóveis dos políticos.

A apreensão de documentos e de carros de luxo deixou o senador alagoano indignado e a dizer, em nota, que a ação da Polícia Federal foi “invasiva e arbitrária”.

Não fosse a pedido do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido do Ministério Público Federal (MPF), já que os políticos detêm foro privilegiado.

Além de Collor, há outros dois senadores: Ciro Nogueira, presidente do PP e Fernando Bezerra Coêlho (PSB-PE).

A surpresa da Polícia Federal aconteceu três dias antes do recesso parlamentar. E olha que o senador e presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), está na mira da Operação Lava Jato também. Ele já foi citado por delatores do esquema de corrupção da Petrobras.

O desvio de dinheiro da petroleira chega aos R$ 10 bilhões. Isso mesmo, dez bilhões de reais.

Carros de astros e jogadores de futebol

Além de vasculhar o prédio da TV Gazeta de Alagoas, em Maceió, os agentes da Polícia Federal recolheram na Casa da Dinda, em Brasília, três carros de luxo, daqueles que os astros de cinemas e jogadores de futebol desfilam por onde andam.

Uma Ferrari, modelo 458 Italia, cujo modelo 2015 custa R$ 1,95 milhão. Um Porsche Panamera, o modelo Turbo S, um dos mais caros, custa R$ 1,1 milhão. E a famosa Lamborguini, modelo Aventador LP 700-4 Roadster, apreendido, está na faixa de R$ 3,9 milhões, ano 2014.

São mais de R$ 7 milhões só nos carros.

O número de pessoas miseráveis, que vivem abaixo da linha da pobreza em Alagoas, é de 60, 2 mil. São mais de 60 mil alagoanos na miséria.

Elas poderiam ter orgulho de ter um representante que pudesse mudar essa realidade social do estado. Mas não é o que acontece.

Poucos são os estados brasileiros com representantes à altura, mas os que chegaram à Presidência da República, do Nordeste, não fizeram jus ao posto que obtiveram.

José Sarney, do Maranhão, e Fernando Collor, de Alagoas, chegaram ao cargo máximo do poder. Seus estados não sentiram a influência merecida. Ambos permanecem no topo da miséria – social e econômica.

As apreensões apenas começaram. O melhor ainda estar por vir.

Por essa Collor não esperava. E por esta ele ainda vai se surpreender.

Sobre o blog

Jornalista formado pela Universidade Católica de Pernambuco. Assessor de comunicação da SMTT Arapiraca, professor de Comunicação e Expressão do Senac Arapiraca. Blogueiro com experiência em TV, Rádio, Impresso, Online e Assessoria de Comunicação nos Estados de AL, PE e MA.

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